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190 anos do falecimento de Pedro I do Brasil

Pintura de Dom Pedro I feita por Antônio Joaquim Franco Velasco

Conhecido no Brasil inteiro por promover a independência do país e ser o primeiro imperador, Dom Pedro I era filho de João VI e da rainha Carlota Joaquina da Espanha. Ele nasceu no Palácio Real de Queluz, em Portugal, no dia 12 de outubro de 1798, data que, coincidentemente, é um feriado nacional em honra à padroeira do Brasil.

Seu nome completo era Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim. Ele foi batizado em homenagem a São Pedro de Alcântara, um santo da Igreja Católica que faleceu no dia 18 de outubro de 1562. Durante sua infância, sofreu muito devido ao casamento infeliz de seus pais. Seu pai, João, era português, e sua mãe, Carlota Joaquina, pertencia a uma família espanhola e era conhecida por ser uma mulher ambiciosa que sempre buscava defender a Espanha, mesmo estando casada com João.

Em 1807, as tropas francesas lideradas por Napoleão Bonaparte invadiram Portugal, e a família real foi obrigada a deixar o país e partir rumo ao Brasil, a maior colônia de Portugal. Ao chegarem no Rio de Janeiro, Pedro e sua família se estabeleceram no Paço de São Cristóvão, localizado na capital do estado. Casou-se aos 19 anos, no dia 13 de maio de 1817, com Maria Leopoldina da Áustria, arquiduquesa e filha do imperador Francisco I da Áustria. Dessa união, nasceram sete filhos: Francisca, Januária, João Carlos, Maria, Miguel, Paula e Pedro.

Em 1821, João e sua família retornaram a Portugal, mas deixaram Pedro no Brasil, onde ele foi nomeado regente do país. Assim que começou a comandar, criou decretos que garantiam direitos às pessoas e propriedades, além de ordenar a redução de impostos cobrados da população. Algumas tropas rebeldes, sob o comando do general Jorge de Avilez Zuzarte de Souza Tavares, se revoltaram contra Pedro e exigiram que ele fizesse um juramento para manter a constituição portuguesa. Entretanto, isso era mais que uma negociação; era um motim com o intuito de criar um golpe de estado para que o país fosse comandado pelo general Avilez, deixando Pedro como uma “mera figura”. Passado um tempo, as cortes portuguesas conseguiram acabar com o governo central do Rio de Janeiro e exigiram que Pedro retornasse para Portugal. Entretanto, muitos brasileiros eram a favor do imperador e fizeram uma petição com 8 mil assinaturas pedindo para que Pedro ficasse no Brasil. Ele, obedecendo seu povo, resolveu ficar no país, e isso ficou marcado na história como o “Dia do Fico”. O general Avilez, juntamente com suas tropas, se revoltou novamente contra o imperador para forçar sua partida para Portugal. Entretanto, Pedro reuniu uma grande tropa que deixou o general em desvantagem, e logo depois disso, ele e todos os que o apoiavam foram expulsos do país.

Nessa altura, poucas eram as ligações do Brasil com Portugal, mas a corte portuguesa não aceitava uma ruptura entre eles e, além disso, puniria todos que se levantassem contra. Pedro, que estava em uma viagem de Minas Gerais para São Paulo, ao saber disso através de uma carta, montou em sua égua e declarou a independência do país, dizendo: “Amigos, as Cortes Portuguesas querem escravizar-nos e perseguir-nos. A partir de hoje, as nossas relações estão quebradas. Nenhum vínculo nos une mais […] Pelo meu sangue, minha honra, meu Deus, eu juro dar ao Brasil a liberdade. Brasileiros, que nossa palavra de ordem seja a partir de hoje ‘Independência ou morte!’”.

A cerimônia de aclamação de Pedro como imperador aconteceu no dia 12 de outubro de 1822, mesmo dia de seu aniversário de 24 anos. Esse dia marca também oficialmente a fundação do Império do Brasil, que se estendeu por 67 anos, até 15 de novembro de 1889.

Em 11 de dezembro de 1826, sua esposa Maria Leopoldina faleceu após um aborto. Ele se casou novamente em 1829 com a italiana Amélia de Leuchtenberg. Seu governo enfrentava muitas dificuldades, levando-o a frequentemente considerar abdicar do trono e retornar a Portugal. Isso não demorou a acontecer, pois no dia 7 de abril, por volta das 3 horas da manhã, ele entregou uma carta ao major Lima e Silva, abdicando do trono e expressando seu desejo de que o Brasil fosse feliz. Partiu para a Europa no dia 13 de abril e, ao chegar lá, frequentemente enviava cartas para seu filho Pedro no Brasil, dizendo que sentia saudades e explicando como deveria agir em determinadas situações quando alcançasse a vida adulta e se tornasse o próximo imperador.

Foi diagnosticado com tuberculose no início de 1834, o que fez com que sua saúde se agravasse cada dia mais. Lutou até o fim, e seus últimos dias foram passados em uma cama no Palácio de Queluz, em Portugal. Faleceu em 24 de setembro de 1834, por volta das 14h30min. Porém, a notícia só chegou ao Brasil em 20 de novembro, devido às dificuldades de comunicação da época. Obedecendo seu pedido, seu coração foi colocado na Igreja da Lapa, na cidade do Porto, em Portugal, e seu corpo foi sepultado na Igreja de São Vicente de Fora, em Lisboa. Em 1972, na comemoração dos 150 anos da independência do país, seus restos mortais foram transladados para o Brasil e enterrados no Monumento à Independência do Brasil, em São Paulo.

Fontes consultadas:

https://pt.wikipedia.org

https://brasilescola.uol.com.br

https://www.ebiografia.com

 

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