Com a prisão de Clésio Salvaro, Santa Catarina acumula 28 prefeitos detidos em 4 anos; veja a lista

As prisões são resultado de operações conduzidas pelo Ministério Público e pela Polícia Civil

A detenção do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), na terça-feira (3), elevou para 28 o número de prefeitos presos em Santa Catarina nos últimos quatro anos. Esse número representa 11% dos gestores municipais à frente dos 245 municípios catarinenses.

As prisões são resultado de operações conduzidas pelo Ministério Público e pela Polícia Civil, com alguns políticos sendo liberados mediante medidas cautelares, enquanto outros foram condenados ou renunciaram aos cargos. A primeira prisão ocorreu em agosto de 2020, quando Orildo Severgnini, então prefeito de Major Vieira, foi detido na operação ‘Et Pater Filium’, que investigava corrupção, fraudes em licitação e lavagem de dinheiro.

Desde então, outras 27 detenções ocorreram em diferentes operações. A Operação Mensageiro, coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), se destaca, resultando em 17 prisões de prefeitos. A investigação se concentrou em uma empresa suspeita de pagar propina para garantir contratos em licitações municipais.

Na terça-feira, Clésio Salvaro foi preso na segunda fase da Operação Caronte, também coordenada pelo Gaeco. A operação investiga fraudes em processos licitatórios envolvendo a contratação de empresas de serviços funerários em Criciúma.

Confira a lista dos prefeitos presos:

Operação Et Pater Filium:

• 1. Orildo Antônio Severgnini (MDB), Major Vieira (2020)
• 2. Adelmo Aberti (PSL), Bela Vista do Toldo (2021)
• 3. Beto Passos (PSD), Canoinhas (2022)

Operação Mensageiro:

• 4) Deyvisonn Souza (MDB), Pescaria Brava (2022)
• 5. Luiz Henrique Saliba (PP), Papanduva
• 6. Antônio Rodrigues (PP), Balneário Barra do Sul
• 7. Marlon Neuber (PL), Itapoá
• 8. Antônio Ceron (PSD), Lages (2023)
• 9. Vicente Corrêa Costa (PL), Capivari de Baixo
• 10. Joares Ponticelli (PP), Tubarão
• 11. Luiz Carlos Tamanini (MDB), Corupá
• 12. Adriano Poffo (MDB), Ibirama
• 13. Adilson Lisczkovski (Patriota), Major Vieira
• 14. Armindo Sesar Tassi (MDB), Massaranduba
• 15. Patrick Correa (Republicanos), Imaruí
• 16. Luiz Shimoguri (PSD), Três Barras
• 17. Alfredo Cezar Dreher (Podemos), Bela Vista do Toldo
• 18. Felipe Voigt (MDB), Schroeder
• 19. Luis Antonio Chiodini (PP), Guaramirim
• 20. Clézio José Fortunato (MDB), São João do Itaperiú (2024)

Outras Operações:

• 21) Douglas Elias Costa (PL), Barra Velha (Operação Travessia, 2024)
• 22. Ari Wollinger, o Ari Baguio (PL), Ponte Alta do Norte (Operação Limpeza Urbana, 2024)
• 23. Gustavo Cancellier (PP), Urussanga (Operação Terra Nostra, 2024)
• 24. Clori Peroza (PT), Ipuaçu (Operação Fundraising, 2024)
• 25. Fernando de Fáveri (MDB), Cocal do Sul
• 26. Marcelo Baldissera (PL), Ipira
• 27. Mario Afonso Woitexem (PSDB), Pinhalzinho
• 28. Clésio Salvaro (PSD), Criciúma (Operação Caronte, 2024)

A lista evidencia o impacto das operações de combate à corrupção nos municípios catarinenses, resultando em ações expressivas contra gestores públicos.

Informações retiradas do g1 SC