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Justiça concede liberdade ao ex-prefeito de Urussanga investigado na Operação Terra Nostra

Cancellier foi preso em abril de 2024 durante a segunda fase da operação, junto com dois vereadores e um servidor comissionado.

Foto: Divulgação

O ex-prefeito de Urussanga, Luis Gustavo Cancellier, recebeu alvará de soltura nesta sexta-feira (23) após decisão do juiz Roque Lopedote, da 2ª Vara da comarca de Urussanga. Cancellier, sem filiação partidária, é um dos investigados na Operação Terra Nostra, que apura supostos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica, uso indevido de recursos públicos e contratações irregulares.

Para ser liberado, o ex-prefeito precisará cumprir uma série de medidas cautelares. Entre elas, o pagamento de uma fiança no valor de R$ 56.320,80, o uso de tornozeleira eletrônica por seis meses, e a proibição de manter contato com testemunhas e demais investigados. Além disso, Cancellier está impedido de participar de atividades políticas, como reuniões e comícios, e deve manter seu endereço atualizado na Justiça, comparecendo a todos os atos do processo.

Cancellier foi preso em abril de 2024 durante a segunda fase da operação, junto com dois vereadores e um servidor comissionado. As investigações apontam que o grupo teria adquirido dois imóveis com valores superfaturados. Inicialmente, o ex-prefeito teve sua prisão preventiva convertida em prisão domiciliar devido a problemas cardíacos. No entanto, após um recurso do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), ele foi reconduzido à prisão em junho.

Em julho, Cancellier renunciou ao cargo de prefeito, o que resultou na transferência do processo do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) para a comarca de Urussanga. O juiz Lopedote, ao conceder o alvará de soltura, considerou que a renúncia de Cancellier ao cargo eliminou seu poder de influência no município, tornando desnecessária a manutenção da prisão preventiva.

“O afastamento de Luis Gustavo das funções públicas, após sua renúncia, é suficiente para proteger a ordem pública”, afirmou o magistrado em sua decisão. Lopedote também destacou que os demais vereadores investigados na operação já estão em liberdade sob medidas cautelares, o que reforçou sua decisão de liberar o ex-prefeito.

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