Saúde

SC tem mais de 170 casos confirmados da Febre de Oropouche

Desde que foi identificada pela primeira vez no Brasil em 1960, a Febre de Oropouche tem registrado surtos esporádicos

Foto: Divulgação

Santa Catarina ultrapassou a marca de 170 casos confirmados de Febre de Oropouche em um período de cinco meses. De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC), foram registrados 176 casos da doença até a última sexta-feira, 16 de agosto.

Em resposta ao avanço da Febre de Oropouche, as secretarias municipais de saúde, em conjunto com o Estado, estão implementando diversas ações para reforçar a vigilância epidemiológica. Essas medidas incluem a sistematização dos dados dos casos suspeitos e confirmados, a coleta de vetores para análise entomológica e o envio de amostras de pacientes ao Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen/SC) para testes.

No final de julho, o Ministério da Saúde confirmou duas mortes causadas pela Febre de Oropouche na Bahia e está investigando uma possível morte em decorrência da doença no Paraná. Esse paciente teria sido infectado em Santa Catarina, embora a confirmação oficial da causa do óbito ainda esteja pendente. O governo federal informou que o paciente havia viajado recentemente para a região de Blumenau, foi diagnosticado no Paraná e faleceu também naquele estado.

No contexto estadual, o município de Luiz Alves, no Vale do Itajaí, lidera com 91 casos confirmados, seguido por Botuverá, com 37 casos, e Schroeder, com 11. No total, 13 cidades catarinenses registraram casos da doença.

Distribuição dos casos confirmados em SC:

  • Antônio Carlos – 2 casos
  • Benedito Novo – 1 caso
  • Blumenau – 10 casos
  • Botuverá – 37 casos
  • Brusque – 7 casos
  • Corupá – 3 casos
  • Guabiruba – 2 casos
  • Guaramirim – 1 caso
  • Ilhota – 6 casos
  • Jaraguá do Sul – 1 caso
  • Luiz Alves – 91 casos
  • São Martinho – 1 caso
  • Schroeder – 11 casos
  • Tijucas – 2 casos
  • Total: 191 casos

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) emitiu um alerta epidemiológico no início de agosto, destacando o alto risco da Febre de Oropouche nas Américas. Esse alerta foi motivado por mudanças recentes e preocupantes nas características da doença, além da expansão dos casos para fora das áreas endêmicas tradicionais. As mortes confirmadas na Bahia e outros casos graves, incluindo transmissão vertical, contribuíram para o aumento do nível de alerta.

Sobre a Febre de Oropouche: A Febre de Oropouche é causada pelo arbovírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) e transmitida principalmente pelo mosquito maruim (Culicoides paraenses). Os sintomas incluem dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia, semelhantes aos da dengue e chikungunya. Em 60% dos casos, sintomas como febre e dor de cabeça podem persistir por até duas semanas. Não há tratamento específico para a doença, e a prevenção depende do controle dos mosquitos transmissores.

Desde que foi identificada pela primeira vez no Brasil em 1960, a Febre de Oropouche tem registrado surtos esporádicos, principalmente na Amazônia. Além do Brasil, houve casos na Argentina, Bolívia, Equador, Panamá, Peru e Venezuela. Com a intensificação das investigações no Brasil, já foram confirmados 7.044 casos, com transmissão local em 16 estados.

Informações retiradas do NSC Total

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