No dia 23 de Julho de 1932, há exatos 92 anos, faleceu em Guarujá, no litoral do estado de São Paulo, Alberto Santos Dumont, condecorado como “pai da aviação”.
Nascido no município Palmira (atualmente Santos Dumont), interior do estado de Minas Gerais, em 20 de Julho de 1873, Santos Dumont foi um renomado aeronauta e inventor brasileiro, conhecido nacionalmente por ser o inventor e desenvolvedor do primeiro avião do mundo, o 14-bis. Filho do casal Henrique Dumont e Francisca de Paula Santos, era o 6° filho de uma relação que tinha um total de 8 descendentes.
Quando ele ainda era pequeno, sua família teve de se mudar para São Paulo e, segundo seu pai, foi ali o lugar em que ele começou a mostrar o seu interesse pela parte da aeronáutica. Inspirado também por obras literárias do famoso escritor Júlio Verne, ele se fascinou ainda mais com aquele meio e começou a planejar em sua mente, o desejo de conquistar o ar. Com isso começou a produzir pipas e pequenos aeroplanos acionados através de molas de borracha torcida.
Produziu uma série de dirigíveis, dando destaque aqui para o 3° e o 5°, que obteve grande sucesso e conseguiu fazer que contornasse a torre Eiffel. Talvez seu maior feito com certeza foi o desenvolvimento do 14-bis. A busca por ganhar o prêmio do aeroclube da França, fez com que ele começasse a criar essa série de aviões chamando além de 14-bis, como: “Oiseau de Proie”, não conseguiu muito êxito no primeiro, entretanto no segundo modelo, ele conseguiu sustentar o avião no ar por cerca de 60 metros e, já no terceiro da série lançado no dia 12 de Novembro de 1906, atingiu 220 metros a uma velocidade estimada em 37,4 Km/h. Esse último foi o seu auge e considerado a primeira vez na história em que um voo de avião foi registrado e documentado através de fotos e vídeos.
Em seus últimos anos de vida, infelizmente foi diagnosticado com esclerose múltipla, fazendo sua aparência parecer mais velha e perder um pouco de sua força para concorrer a novos prêmios. Suicidou-se no dia 23 de Julho de 1932, aos seus 59 anos de idade, depois de quase dois meses residindo no Grand Hotel La Plage, em Guarujá. Seus restos mortais ficaram em São Paulo por cerca de 5 meses, até que foram transladados para o Rio de Janeiro em um cortejo fúnebre que reuniu milhares de pessoas. Hoje encontra-se enterrado no cemitério São João Batista, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro.
Deixou um gigantesco legado na história brasileira e suas contribuições servem de inspiração e exemplo para muitas pessoas nos dias de hoje.