Política

Gaeco prende três pessoas acusadas de fraudar licitações em Criciúma

Documentos foram apreendidos na ASTC, Famcri e Prefeitura.

Foto: Vanessa Amando/Engeplus

Foto: Vanessa Amando/Engeplus

Intitulada "Trânsito Livre", a operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Criciúma na tarde desta segunda-feira resultou na prisão de três pessoas, além do cumprimento de oito mandados de busca e apreensão. Iniciada em maio deste ano, a investigação gira em torno de possíveis fraudes e irregularidades relacionadas a processos de licitação abertos em Criciúma, além de crimes contra a administração pública, ambos com a participação direta de servidores públicos e empresários.

Conforme o site Engeplus, em entrevista coletiva nesta tarde, o promotor Luiz Fernando Góes Ulysséa, da 11a Promotoria de Justiça, com atuação na Defesa da Moralidade Administrativa, explicou que a suspeita é de que funcionários públicos municipais, com trânsito livre nas repartições públicas, teriam facilidade para alterar processos licitatórios e favorecer o interesse de determinadas empresas. O benefício direto e indireto pode estar ligado tanto as empresas como aos servidores públicos.

A investigação inclui pessoas jurídicas, empresas e repartições públicas, como a Autarquia de Segurança, Trânsito e Transportes de Criciúma (ASTC), a Fundação do Meio Ambiente (Famcri), inclusive a prefeitura de Criciúma. Nesses três locais foram apreendidos documentos, assim como em uma residência e em uma empresa.

Das três pessoas presas temporariamente, duas são servidores públicos e a outra é funcionário de uma empresa privada. Não está descartada a necessidade de novas prisões. Também existe a possibilidade de formação de quadrilha. Maiores detalhes não foram informados pelo promotor para não atrapalhar o andamento da investigação, a qual não tem prazo para conclusão.

A operação deflagrada hoje contou com a participação do Ministério Público estadual, polícias Civil e Militar, em parceria com o Instituto Geral de Perícias (IGP).