Laudo confirmou que corpo encontrado é de moradora de Palhoça, que estava desaparecida há cerca de duas semanas
Um laudo pericial concluído no início da tarde desta quinta-feira (23) confirmou que o cadáver encontrado em uma casa em Palhoça é de Michele de Abreu Oliveira, de 42 anos. O corpo da esteticista estava enterrado no piso, no primeiro andar do imóvel em que morava. Ela estava desaparecida há cerca de duas semanas e, desde então, familiares e amigos estavam à procura da mulher.
De acordo com a delegada Gisele de Faria Jerônimo, que está à frente do caso, a vítima apresentava sinais de violência, mas a causa da morte ainda não foi confirmada. A polícia aguarda o resultado do laudo cadavérico.
Familiares registraram o desaparecimento de Michele na delegacia no dia 17 de maio, mas, segundo a delegada, ela não dava notícias desde o início daquela semana, por volta do dia 13. O corpo foi encontrado durante diligências na casa, na quarta-feira (22).
No momento, a polícia trabalha com duas linhas de investigação: homicídio e feminicídio. Ninguém foi preso até o momento.
Familiar registrou desaparecimento na polícia
O boletim de ocorrência relatando o sumiço de Michele foi registrado por um parente em Itapema, cidade do Vale do Itajaí. O próprio filho mais velho da esteticista disse que o último contato que havia feito com ela teria sido em 12 de maio, no Dia das Mães.
Familiares e amigos da mulher acharam estranho o sumiço repentino e resolveram buscar a polícia. Inicialmente, a delegada cita que havia rumores de que ela havia pegado as coisas e ido embora, mas esse hipótese foi descartada após revistas feita na casa.
Além dela, morava no imóvel o companheiro e o filho adolescente, de 14 anos. Vizinhos contaram aos investigadores que eles foram vistos pela última vez no local no dia 17 — mesmo dia em que o boletim de ocorrência foi registrado.
— A polícia não descobriu o paradeiro deles — diz Gisele.
Relação conflituosa com o companheiro
Em depoimento à polícia, membros da família que foram ouvidos contaram que o casal vivia uma relação conflituosa. Juntos há cerca de 20 anos, eles tiveram um filho. Alguns parentes, segundo a delegada Gisele, dizem que eles ainda eram casados, mas outros relataram que estavam separados e apenas dividiam o mesmo teto.
No início deste ano, Michele pediu uma medida protetiva contra o homem, por violência doméstica, que foi concedida pela Justiça. Ele chegou a ser preso em abril, mas foi solto na sequência. A vítima, então, revogou o pedido e eles voltaram a morar juntos.
— Pela relação conflituosa, a família não descarta que eles tenham brigado e que ele tenha feito algo para ela. Eles têm preocupação com essa possibilidade — destaca a delegada.
No momento, apesar do relato dos familiares, o homem não é considerado suspeito e, mesmo que a polícia não saiba seu paradeiro, não é considerado foragido. A investigadora reitera, no entanto, que a polícia pretende ouvi-lo futuramente.
— Ele está em local incerto. A polícia precisa de explicações dele, mas a gente não o tem ainda como foragido. Sobre este caso, ainda não temos ordem de prisão — complementa.
Com informações do NSC Total