Dados são do último ranking do índice FipeZap+ com o termômetro do mercado imobiliário brasileiro no mês de abril
O último ranking do índice FipeZap+, com o termômetro do mercado imobiliário brasileiro no mês de abril, traz um movimento importante no “top 5” do metro quadrado mais caro do país. Itajaí, no Litoral Norte catarinense, ultrapassou São Paulo e passou a ocupar a quinta posição na lista. Com isto, Santa Catarina tem quatro das cinco cidades mais caras do país: Balneário Camboriú, Itapema, Florianópolis e Itajaí.
Maior PIB de SC, segundo o IBGE, Itajaí possui indicadores econômicos assentados no setor portuário, de indústria naval e pesqueira que a tornam menos dependente do oscilante mercado imobiliário. Mas “pegou carona” na explosão de preços da vizinha Balneário Camboriú, que há mais de dois anos ocupa o topo do ranking do metro quadrado mais caro do Brasil.
Foi o custo dos imóveis e a falta de espaço para construir em Balneário que “empurraram” a construção civil para a Praia Brava, em Itajaí — e fizeram do paraíso dos surfistas o novo eldorado do mercado. Regras mais restritivas para os edifícios e remanescentes das origens “roots” se tornaram sinônimos de qualidade de vida. E a valorização subiu vertiginosamente.
Neste ano, a avenida José Medeiros Vieira — a beira-mar da Praia Brava — ultrapassou a Avenida Atlântica de Balneário Camboriú na lista das 10 ruas mais valorizadas do Brasil. Está em sétimo lugar no país, contra o décimo lugar da vizinha Balneário.
— A Praia Brava vende para todo o Brasil. Como é pequena, subiu muito o valor. Para ficar perto, o mercado começou a olhar para bairros vizinhos, como a Fazenda, e aproveitar esse movimento do investidor nacional. É o caso de Cabeçudas também, um bairro que antes só vendia para Itajaí, e agora começa a vender no mercado nacional — avalia o corretor e consultor Guilherme Pilger.
Embora mais concentrada na região Sul da cidade, a valorização tem refletido em outros bairros e, embora positiva, também traz uma preocupação com o fator moradia.
Diferente de Balneário Camboriú e Itapema, que são essencialmente turísticas, ou mesmo de Florianópolis, que tem a economia muito voltada ao setor público, Itajaí é uma cidade com alta demanda de mão de obra, onde o alto custo de moradia pode impactar na renda e no poder de compra da população. Atualmente, o município tem o segundo maior PIB per capta do Estado.
Com informações do NSC Total