Por meio do projeto, foram valorizadas as histórias de José Calvacanti de Albuquerque, Orestes Righetto e Evaldo Longo, que contribuíram com ideias e ações no Poder Legislativo.
Foto: Divulgação
Com o objetivo de homenagear os que fizeram a diferença para a história de Lauro Müller, a Câmara de Vereadores inaugurou a galeria Memórias do Legislativo. A cerimônia foi realizada nesta segunda-feira, dia 29. Por meio do projeto, foram valorizadas as histórias inspiradoras de três pessoas com atuações em âmbitos diferentes, que contribuíram com ideias e ações no Poder Legislativo.
Durante o ato de inauguração, foi prestada uma homenagem às três ilustres personalidades legislativas: José Calvacanti de Albuquerque, Orestes Righetto e Evaldo Longo. Após a execução do Hino do Município de Lauro Müller, foram expostos os três quadros com a foto e com o histórico, retratando a importância que estes personagens tiveram como representantes do Poder Legislativo, constituindo agora a galeria Memorias do Legislativo.
Conheça a história dos homenageados:
José Calvacanti de Albuquerque
“Nascido em 21 de setembro de 1894, em Recife, capital pernambucana, José Cavalcanti de Albuquerque veio para Lauro Müller no ano de 1942, aos 48 anos de idade, tendo sido transferido do Lloyd Brasileiro no Rio de Janeiro, pela Companhia Nacional de Mineração de Carvão do Barro Branco, para trabalhar na mecânica de tratores, onde atuou até a sua aposentadoria. Foi casado com Ana Lima de Jesus e pai de nove filhos.
Residiu no distrito de Guatá e, posteriormente, mudou-se para a sede do município, na Rua Tubarão, Vila Operária. Foi sócio fundador e presidente do Sindicato dos Mineiros de Lauro Müller e delegado de Polícia do município. Na política, José Cavalcanti de Albuquerque foi vereador pelo então distrito de Lauro Müller, município de Orleans, na legislatura de 1952 a 1956, tendo sido responsável direto com o “Voto de Minerva”, desempate na aprovação da emancipação do novo município de Lauro Müller.
Seu propósito de ver o Município emancipado mostrou o seu caráter de homem honrado e honesto. Resistiu, segundo relatos de seus familiares, a apelos (inclusive financeiros) para que seu voto fosse contrário à divisão do município e viu ameaçada também a sua integridade física por opositores a ideia emancipacionista”.
Orestes Righetto
“Nascido em Nova Treviso, município de Urussanga, no dia 25 de agosto de 1915, Orestes Righetto era filho de Ida Dal-Bó e Giovanni Battista Righetto. Atuou nas áreas de mineração e comércio no distrito de Barro Branco. No dia 11 de janeiro de 1957, o governador Jorge Lacerda assinou portaria nomeando o primeiro mandatário de Lauro Müller.
Às 11 horas da manhã de 20 de janeiro de 1957, na presença do vice-governador Heriberto Hülse, em uma sede provisória nas dependências da Companhia Nacional de Mineração de Carvão do Barro Branco, aconteceu o ato de instalação do Município e foi dada posse ao prefeito provisório Sr. Izaac Bertoncini. Nascia o Município de Lauro Müller; era, então, necessário organizar a administração elegendo o primeiro prefeito e os primeiros vereadores.
A primeira eleição aconteceu no dia 12 de maio de 1957 e, no dia 23 de junho, foram empossados como prefeito o senhor Flávio Righetto e os primeiros vereadores: Alexandre Doneda, Benjamin Bittencourt Barreto, Fernando Estevam, Gil Ivo Losso, Octávio Belmiro, Valmor Jung e Orestes Righetto. A primeira legislatura da Câmara Municipal de Lauro Müller foi de 1957 a 1962.
Orestes Righetto foi eleito vereador pela extinta UDN – União Democrática Nacional e eleito o primeiro presidente do Poder Legislativo de Lauro Müller, tendo recebido cinco dos sete votos que formavam a Câmara. Orestes Righetto, junto com os demais vereadores da primeira legislatura, teve um papel de extrema relevância para a história política e administrativa de Lauro Müller, pois foram os responsáveis diretos por organizar os primeiros passos que a cidade dava com a emancipação”.
Evaldo Longo
“Natural de Orleans, Evaldo Longo veio para Lauro Müller no ano de 1967 para trabalhar como fotógrafo. Em 1971, em Florianópolis, cursou a faculdade de Educação Física pela UDESC, com o objetivo de trabalhar no desenvolvimento do esporte da nossa cidade. Junto a algumas lideranças esportivas, esteve à frente do movimento para criar a CME (Comissão Municipal de Esportes) e, no ano de 1977, participando já dos Jogos Abertos de Santa Catarina, em Florianópolis, conquistou a medalha de ouro na modalidade de bocha.
Na CME, atuou como atleta e diretor de Esportes até o ano de 1984. Presidiu também, na gestão 1981 a 1984, a Liga Lauro Müller de Futebol (hoje extinta), que abrangia os municípios de Lauro Müller, Orleans e Urussanga. Foi presidente da comissão dos festejos em comemoração aos 25 anos de emancipação político-administrativa do Município em 1982 e dos festejos da Semana da Pátria nos anos de 1979, 1980 e 1982. Todos os trabalhos foram voluntários e paralelos ao seu trabalho como professor de Educação Física na Escola Visconde de Taunay, onde, por duas vezes, exerceu a função de diretor.
Na política, foi eleito vereador para a legislatura de 1989 a 1992 e, como presidente da Câmara, alcançou dois grandes feitos históricos: tornou realidade a independência financeira do Poder Legislativo, desvinculando as finanças da Câmara às da Prefeitura; e conduziu os trabalhos de elaboração da Lei Orgânica do Município, em conformidade com a Constituição Brasileira de 1988.
Reelegeu-se vereador para a legislatura seguinte, exercendo novamente a função de presidente da Casa. Esteve por um período de quatro anos à disposição da Prefeitura para organizar o processo de municipalização do ensino. Atuou como secretário municipal de Educação no período de 1997 a 2000. Evaldo Longo também foi membro do Lions Clube”.
