É possível que ao expor meu ponto de vista sobre o assunto que dá título a este artigo, eu vá provocar alguma encrenca por divergências de opinião, mas, com base na liberdade de pensamento e expressão, justifico minha contrariedade a este absurdo que estão querendo impor à Língua Portuguesa: uma verdadeira destruição ideológica do idioma em favor de uma ideologia política.
Vem ganhando cada vez mais espaço, debates sobre a inclusão da linguagem neutra nos currículos escolares, no entanto percebe-se resistência por grande parte das comunidades escolares, nas quais me incluo, porque é claro que trará transtornos no ensino e aprendizagem. A criança não conhece outra orientação sexual que não seja o masculino e feminino, e expô-la a algo que foge ao seu entendimento seria um crime. À diversidade da sexualidade, e tantas outras que a vida apresenta, a criança terá tempo suficiente para familiarizar-se na sua trajetória de vida. Cada coisa no seu tempo. É preciso respeitar o tempo da criança. No entanto, eu defendo a ideia de que a sociedade deverá oferecer resistência a este abuso imposto por um grupo que não representa a maioria da nação brasileira. A língua de um povo tem uma história que deve ser respeitada.
Não é novidade que o ensino da leitura, escrita e interpretação é deficitário em todos os níveis de ensino. As estatísticas de exames têm trazido à tona a carência de conhecimento não só em língua portuguesa, mas em todas as áreas de conhecimento. Se o domínio da língua oficial é deficitário, como propor o uso de uma escrita através de simbolismos estranhos? Na minha opinião, é ridículo e desprezível… Vamos investir na qualidade do ensino, levando ao educando o melhor saber possível para sua inserção na sociedade, tornando-a cada vez mais próspera.
O assunto é polêmico e requer preocupação de pais, escolas, sociedade como um todo, pois há uma insistência e interferência de ministros do STF querendo também legislar para as escolas. Um absurdo… A educação não é competência da mais alta corte do país; a eles compete manter a ordem promovendo a harmonia na nação. Aliás, que há muito não o fazem… Mas, sob a alegação de que a linguagem neutra assegura o direito à igualdade sem discriminação, insistem na implantação dessa aberração. É preciso que as instituições educacionais se posicionem e impeçam o pior. A educação é sagrada e precisa ser preservada. Não permitamos que fatores alheios interfiram no processo educacional de nossas crianças. Vale lembrar a analogia: “cada um no seu quadrado”…
Falaremos mais sobre ao assunto em outro momento, mas sugiro que cada um procure se informar em sua escola, com professores, autoridades educacionais enfim, fique atento e participe dos destinos da sua comunidade escolar.
Enfim, aderir à ideia da linguagem neutra é desconstruir a bela e culta Língua Portuguesa. Se eu pudesse perguntaria aos ministros: é legal em nome da inclusão dos indefinidos, roubar o direito dos definidos que são maioria?