Varejo ampliado teve retração, puxada pela queda de vendas de materiais de construção e no atacado de alimentos e bebidas
O ritmo da atividade econômica de Santa Catarina teve altos e baixos no mês de janeiro considerando o mês anterior, em dado livre de impactos sazonais. De acordo com as pesquisas do IBGE, os serviços cresceram 1,5%, o varejo ampliado teve retração de -2,1% e a produção industrial recuou -3,1%.
Em janeiro, os serviços em SC cresceram 10,2% frente ao mesmo mês de 2023 e, no acumulado dos últimos 12 meses, tiveram alta de 8,2%. No Brasil, o setor cresceu 0,7% em janeiro frente ao mês anterior, avançou 4,5% em relação a janeiro de 2023 e 2,4% em 12 meses.
O destaque em SC, durante fevereiro, foi a alta de 25,7% nos serviços profissionais, administrativos e complementares. Serviços de informação e comunicação tiveram alta de 8,2%, serviços para as famílias 7,0%, transportes 6,4% e outros serviços, 5,5%.
Varejo ampliado
As vendas do comércio, considerando o ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, tiveram queda de -2,1% em volume, no mês de janeiro frente ao mês anterior, na série livre de influências sazonais. SC teve as maiores quedas nacionais do comércio em janeiro, tanto no varejo ampliado, quanto restrito, que caiu -1,0%. Frente a janeiro de 2023, o varejo ampliado cresceu 2,8% e em 12 meses, 3,6%.
O comércio brasileiro teve alta de 2,4% no varejo ampliado em janeiro frente ao mês anterior, cresceu 6,8% na comparação com o mesmo mês de 2023 e teve alta de 2,9% nos últimos 12 meses.
Em SC, os setores que tiveram as maiores altas de faturamento em janeiro frente ao mesmo mês do ano passado foram veículos e peças (12%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (7,9%), produtos farmacêuticos (6,4%), combustíveis e lubrificantes (1,2%), hipermercados e supermercados (1,1%) e tecidos, calçados e vestuário, 1,4%.
Tiveram retração de vendas em janeiro frente ao mesmo mês de 2023, materiais de construção (-1,9%), atacado especializado em alimentos, bebidas e fumo (-1,7%), móveis e eletrodomésticos (-2,4%), livros, jornais e papelaria (-9,7%).
O resultado negativo do varejo ampliado ocorreu principalmente em função das quedas dos setores de materiais de construção, atividade atacadista de alimentos e bebidas, além de móveis e eletros que envolvem grandes valores.
Produção industrial
A produção industrial catarinense, segundo o IBGE, teve retração de -3,1% em janeiro frente ao mês anterior, dezembro. Na comparação com janeiro do ano passado cresceu 6,3% e no acumulado dos últimos 12 meses teve queda de -0,5%.
O resultado de SC em janeiro ficou aquém da média nacional, quando o país teve retração de -1,6% frente ao mês anterior, cresceu 6,3% na comparação ao mesmo período de 2023 e no acumulado do ano cresceu 0,4%.
Os setores industriais que tiveram maiores altas em janeiro frente ao mesmo mês do ano passado foram máquinas e equipamentos (28,5%), Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (19,8%), produtos de borracha e plástico (18,1%), produtos de madeira (10,6%) e minerais não-metálicos (9,1%).
Também cresceu a produção de produtos têxteis (8,2%), produtos químicos (5,2%), produtos alimentícios (4,3%), produtos de metal (3,0%), veículos (1,2%) e metalurgia (0,6%). Os únicos setores com retração de produção foram confecções (-12%) e celulose e papel (-1,2%).
Essas informações de janeiro, com crescimento em quase todos os setores, confirma a retomada gradual da produção industrial de SC, que melhorou gradativamente ao longo do ano passado, após ter registrado forte alta na pandemia e dificuldades frente ao esforço de governos para conter a inflação no Brasil e no mundo.
A média trimestral do ano passado mostra a recuperação gradual. Nos primeiros três meses do ano de 2023 frente ao mesmo período do ano anterior o setor teve queda de -3,9%, no segundo semestre, -3,3%, no terceiro trimestre -1,1% e no quarto trimestre cresceu 3,0%.
Com informações do NSC Total