Os tipos “O-” e “O+” estão estáveis, mas é preciso seguir coletando para que o armazenamento não seja reduzido e prejudicado
A s festividades de fim de ano, temporada de verão e, na sequência o Carnaval, comumente fazem com que os estoques de sangue nos hemocentros de todo o país fiquem reduzidos. Em Criciúma não é diferente. Segundo Amanda Leal, coordenadora técnica do Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc), na cidade, no momento o tipo sanguíneo em baixa é o “A-”.
“O tipo “A-” é o que estamos trabalhando com estoque reduzido no momento. Já as tipagens O, negativo e positivo, temos atualmente um estoque estável, mas a gente precisa continuar trabalhando e coletando para que não tenhamos redução, uma vez que nessas festividades de final de ano a tendência é que o número de doações são mais baixos, mas o consumo acaba aumentando devido aos acidentes que também aumentam, infelizmente. Isso é uma constante no período, praticamente todos os anos acontece a mesma coisa: as cirurgias eletivas reduzem, mas em virtude dos acidentes a diminuição no número de doadores também é menor até porque as pessoas viajam para as festas, bebem, passam temporadas fora de suas cidades e, consequentemente, o estoque acaba ficando baixo”, explicou Amanda.
Exemplo
Marcelo Zappellini da Rosa, doador de sangue e de medula há mais de 20 anos, dá exemplo e fala da importância deste gesto. “Eu sou doador há 22 anos, tanto de sangue quanto de medula óssea. E o que me levou a essa prática foi a vontade, o desejo de ajudar, ser do bem e fazer o bem. Por isso, a cada 120 dias, no máximo, eu estou aqui. Ainda a pouco eu estava olhando a minha carteirinha e desde que começamos a registrar as doações já foram 24 vezes, isso que antes eu não tinha esse documento, um dos mais importantes da minha vida e da vida de muitas pessoas, pois se pararmos para analisar, cada bolsa de sangue pode ajudar até quatro pessoas. Um processo rápido, sem custo para nós doadores e de um valor imenso para quem precisa”, enfatizou Marcelo.
Para doar é necessário passar por um processo constituído por quatro etapas: cadastro do doador, pré-triagem, triagem e coleta do sangue. O tempo médio de duração deste processo é de 55 minutos. Já o intervalo de tempo para doações de sangue é diferente para homens e mulheres. Elas podem doar a cada 90 dias; e eles a cada 60 dias.
Funcionamento neste fim de ano
O horário de funcionamento do Hemosc nesta última semana do ano segue normalmente até o dia 29, das 9h às 18h. O atendimento pode ser feito mediante agendamento prévio ou diretamente na unidade. “Nós trabalhamos de duas formas de agendamento: no site e por telefone/whatsapp (48 3444-7410) ou o doador pode comparecer no centro sem agendamento prévio, só que às vezes ele vai aguardar um pouquinho mais, porque a gente tem os doadores que acabaram agendando antes. Mas, quem estiver passando aqui pela Avenida Centenário e lembrar-se de nós é só parar, entrar, fazer seu cadastro e doar. Nós agradecemos”, ressaltou a coordenadora técnica. Lembrando que no dia primeiro de janeiro, o Hemosc estará fechado, mas no dia 2 o funcionamento volta ao normal. Também não haverá horário reduzido durante o verão. Em alguns sábados haverá atendimento; em janeiro, dia 13, as portas estarão abertas das 7h30 às 12h.
Com informações do TNSul