Ao todo, a prefeitura de Laguna pagou R$ 1,2 milhão, sendo cerca de R$ 600 por cada kit. O material foi distribuído nas escolas municipais
O vereador de Laguna, Kleber Roberto Lopes, o Kek (União), publicou um vídeo em suas redes sociais em que questiona os valores pagos pela Secretaria de Saúde do município para a aquisição de kits para a prevenção e tratamento de higiene bucal. Estes materiais foram contratados para serem entregues nas escolas municipais.
Os kits fazem parte do projeto “Crescer Sorrindo – Prevenção e Promoção da Saúde Bucal na Infância”, criado por meio de uma parceria entre as secretarias municipais de Saúde e Educação, “para diminuição de doenças bucais através da prevenção e promoção de hábitos de higiene bucal”. As informações são do Portal Folha Regional.
Ao todo o serviço contratado vai custar R$ 1.201.496,6, próximo ao teto da licitação, que era de R$ 1.202.801,50. Cada um desses kit ficou com custo ao município entre R$ 599,80 e R$ 599,90. Foram contratados 2003 kits, a serem distribuídos para as séries 0 a 3 anos, 4 a 5 anos, 1º ao 2º ano e 3º ao 5º ano.
Estes materiais comprados pela prefeitura são formados por bolsa ecológica, livro e kit para a higiene bucal. Foram adquiridos por meio de um pregão eletrônico, aberto em julho deste ano e dividido em quatro lotes.
Duas empresas participaram da licitação, e cada qual foi vencedora de dois itens cada: Educare Representações LTDA, de Tubarão, com contrato de R$ 583.102,80, e a Organizando Viagem e Cultura LTDA, de Imbituba, com contrato de R$ 618.393,80. Ambos os contratos foram firmados em julho e têm vigência de um ano.
Em seu vídeo, o vereador mostra os itens que compõem o kit e sugere que eles custem muito menos do que o que foi contratado pela prefeitura. “Este livro não deve custar mais de R$ 10”, comentou em trecho da denúncia.
Assista ao vídeo:
Procurada, a secretária de Saúde de Laguna, Gabrielle Siqueira, disse que são kits diferentes para cada faixa etária dos estudantes. Ela também foi questionada se os valores estão de acordo com os praticados pelo mercado. “No momento não tenho propriedade para responder”, afirmou, acrescentando que a então secretária, responsável pela licitação, poderia ter as informações. Silvana Vieira, à época secretária de Saúde, foi procurada pela reportagem, mas ainda não retornou o contato.