Na Fontanella Transportes, as cores e o alerta da campanha estampam um dos caminhões e o dia a dia dos colaboradores
Para a maioria das pessoas, a doença pode ser algo contraditório. Ao mesmo tempo em que o medo aparece, em muitos casos, a força para enfrentar a batalha cresce ainda mais. E em momentos como este, contar com o suporte das pessoas ao redor é essencial. Como na história da auxiliar fiscal da Fontanella Transportes, Suzimara Fernandes Spindola, de 37 anos, que, ao ser diagnosticada com câncer de mama em maio deste ano, passou por uma grande transformação.
Seus exames começaram em dezembro de 2022 em checagem de rotina, mas para tirar a dúvida e ter certeza do que sentia, Suzi – como gosta de ser chamada – realizou o segundo teste em março. Inicialmente, nada apareceu na mamografia, mas em novos exames pouco tempo depois, o resultado foi diferente.
“Foi eu e meu esposo, pois não queria ir sozinha e descobrir alguma coisa. Chegando lá, ao fazer o exame de toque, olhei para a médica e sabia que tinha alguma coisa estranha. Para confirmar as suspeitas, fizemos novamente um ultrassom e eu vi que estava diferente dos outros. A cara da médica já mudou, ela não me disse nada, mas eu tinha certeza de que era”, conta.
Com o resultado da biópsia, o diagnóstico saiu, confirmando a presença da doença. “Naquela hora, eu perdi meu chão, só pensava nos meus filhos de 18 e 8 anos. Quando contei para minha chefe Rose e minha amiga do trabalho, elas quiseram me levar para casa. Chorei muito com meu marido e meus dois filhos, foram 30 dias sem dormir, à espera de um milagre, de uma esperança. Mas eu sabia que não podia parar de lutar, por isso, continuei minha vida normalmente com o trabalho, com as rotinas de casa”, completa Suzi.
No trabalho, o apoio fundamental
Engajada com a causa há anos, a Fontanella Transportes tem prestado todo o suporte que a auxiliar fiscal precisa no enfrentamento da doença. E para além disso, as cores e o alerta da campanha Outubro Rosa estampam um dos caminhões da frota da transportadora, levando mercadorias e o alerta contra o câncer de mama de Norte a Sul do Brasil.
No caso de Suzimara, mesmo que fazendo quimioterapia desde junho, a auxiliar fiscal parte todos os dias para o trabalho. “Vou ficar em casa esperando para morrer? Não, eu não deixo de fazer nada, eu amo o meu trabalho, amo o que faço, tem vezes que nem lembro que tenho câncer. No trabalho, sempre tive muito apoio, tanto por parte da diretoria da Fontanella, quanto de todos os meus amigos e colegas. Muito mesmo! Tem vezes que chego e tem bilhetinho, mensagens no meu computador e bonequinhos com lenço”, lembra.
Agora, Suzi se encaminha para os tratamentos finais e aguarda a data para a cirurgia, com o grande desejo de mostrar para as pessoas que vale a pena viver. “Quando eu descobri o câncer, eu descobri outra Suzi que eu nunca imaginei que existisse. E hoje, eu sou muito mais feliz! Ele não traz só coisas ruins, pois me deu muito mais vontade de viver”, ressalta.
Na direção do caminhão rosa, uma motorista mulher
Somando 26 anos de experiência como motorista de caminhão, Gilda da Conceição Gomes Gonçalves, apelidada de Corujinha, percorre as estradas de Norte a Sul do Brasil conduzindo o caminhão rosa da Fontanella Transportes, alusivo à campanha Outubro Rosa. A própria motorista, inclusive, já venceu a batalha contra a doença em 2011.
“Comecei aos 17 anos, quando meu pai tinha que viajar com minha mãe por questão de médico, e eu ficava trabalhando no lugar dele. Aprendi a trabalhar com trator e explanava madeira para carregar três caminhões Truck. Quando completei idade, tirei a carteira e comecei profissionalmente no ramo. Não tenho estudo, mas não me arrependo da escolha que fiz, amo minha profissão. Se fosse hoje, faria a mesma escolha”, explica.
Brilhando com as cores rosa, o caminhão que a motorista conduz chama atenção por onde passa. Gilda diz que virou costume, todos param para olhar e tirar foto. Além disso, sua motivação para colocar as rodas em movimento é ter saúde e vida, bem como um local de trabalho que ajuda e apoia a motorista mulher.
“São três anos de Fontanella e posso dizer que eles me tratam muito bem, com muito respeito. Empresa é que nem casamento, tem que estar bom para os dois lados e para mim eu não trabalho, eu me divirto. Mas o que realmente me motiva, é o simplesmente estar viva com saúde. Hoje valorizo minhas amizades, minha vida e agradeço a Deus todos os dias pelos livramentos”, finaliza.
Uma empresa que faz a sua parte
Na Fontanella Transportes, o primeiro caminhão alusivo à campanha surgiu em 2011. Posteriormente, em 2017, a empresa personalizou um rodotrem sider para reforçar ainda mais o alerta contra a doença, e em paralelo, seguiu participando de ações rotineiras em alusão à campanha, em parceria com entidades sem fins lucrativos, como a Rede Feminina de Combate ao Câncer.
“Quando descobrimos o trabalho realizado pela Rede Feminina de Combate ao Câncer, nos comovemos e passamos a nos engajar mais na campanha. É importante as pessoas se conscientizarem de que é possível alcançar a cura do câncer, principalmente quando descoberto no início. Temos alguns casos na empresa e, graças à Deus, uma pessoa já se recuperou e outras seguem se tratando. É difícil, mas nós da Fontanella, nos sentimos gratos em poder ajudar a causa, pois sentimos que estamos fazendo a nossa parte”, destaca o diretor da Fontanella Transportes, Valdir Fontanella.
Durante o mês, por exemplo, a empresa realizou uma série de ações internas de conscientização com suas colaboradoras, bem como levou o caminhão rosa da empresa a eventos em diferentes regiões.