Sem as dores lombares, que atrapalharam o desempenho, Éder chega bem fisicamente e marcando gols pelo Tigre em busca do acesso
Aos 37 anos, Éder conviveu, durante boa parte da Série B, com as dores lombares que o incomodavam. Após quase dois meses fora do time, tratando as lesões, o jogador conseguiu recuperar o ritmo de jogo e o preparo físico. Após marcar dois gols contra o Sport, ele comemora a boa fase na reta final da competição. “A dor lombar, depois que eu tive o problema, a gente vai, junto com a preparação física, fazendo um trabalho sempre, pela manhã, com pilates e alongamento. Aqui no clube, a gente faz bons trabalhos de prevenção e estou conseguindo me manter sem dor. Sinto pouco, depois dos jogos, mas nada demais. Com as semanas livres, consigo jogar sem dor e isso é muito bom”, comenta.
Mesmo com os gols marcados em Recife, o experiente atacante prefere não dar tanta atenção aos números de bolas na rede e assistências. Ele prefere jogar para o time e até conta uma história da época em que jogou na Itália. “Na minha carreira, eu sempre fui um jogador, independente de número de gols e assistências, que tentei me encaixar no modo tático. Isso eu aprendi na Itália. Tem um treinador, que hoje está na Seleção Italiana, o (Luciano) Spaletti, que trabalhou com a gente na Inter de Milão e fez uma análise ao Icardi, que jogava comigo, o argentino. Ele falou: ‘Icardi, faz quatro anos que você faz 25 ou mais gols e a Inter fica em sexto ou sétimo. Por que o Mandzukic, na Juventus, faz sete ou oito gols e é campeão todo ano?’ Então, às vezes, você precisa se encaixar. Hoje, o pessoal fala que eu fiz dois gols contra o Sport. Para mim, na minha avaliação, eu fiz um melhor jogo contra o Ceará, mas os números dão mais evidência”, ressalta.
Éder reforça a dedicação ao time em busca das vitórias. “Eu tento sempre me encaixar na parte tática: fazer um movimento a mais para o companheiro, sacrificar um pouco a mais… Às vezes, nem todos os torcedores, e quem acompanha futebol, entendem. Eu acho que, hoje em dia, o jogador mais completo, em campo, é mais importante para a equipe”, diz.
Disputa acirrada por um lugar no time
Para o jogador, formado na base do Criciúma, todos os atletas estão prontos para serem titulares. E quem ganha com isso é o clube e a comissão técnica. “A disputa é sempre muito boa. Nosso elenco é muito bom e a gestão também, do estafe e do Tencati, é muito boa nessa questão. Está todo mundo pronto, todo mundo treina bem, durante a semana, e aquele que for escolhido pelo treinador dá o melhor em campo. Fiquei fora, mas os outros entraram e foram muito bem. Agora estou conseguindo voltar no meu ritmo de antes de parar. Estou melhor fisicamente e tendo mais minutagem, mas a concorrência é muito boa em todas as posições. Isso é muito importante: time que quer chegar tem que ter qualidade”, explica.
Éder evita escolher um esquema de jogo favorito para atuar. “É indiferente. Eu jogando com o (Felipe) Vizeu, com o Fabinho ou só um atacante, tanto faz. Eu gosto mais de movimentação, eu não gosto de ficar lá parado. Então, não muda muito. Eu sempre tento me encaixar no melhor modo possível”, comenta.
Com informações do TNSul