De acordo com a Defesa Civil do Estado, as alterações poderiam gerar mais ciclones, chuva em grande quantidade, gerando enchentes, ou pouca chuva, gerando seca
As mudanças climáticas podem gerar consequências severas para Santa Catarina. De acordo com a Defesa Civil do Estado, as alterações poderiam gerar mais ciclones, chuva em grande quantidade, gerando enchentes, ou pouca chuva, gerando seca.
“As mudanças climáticas podem sim favorecer não só a maior frequência como também a intensificação de sistemas que normalmente atuam no Sul do Brasil, e consequentemente em Santa Catarina. Mas vale lembrar que todos os extremos são impactados, tanto os que provocam muita chuva e tempestades como também os que favorecem a falta de chuva”, descreve a equipe de monitoramento e alerta da Defesa Civil de Santa Catarina.
De acordo com a Defesa, as mudanças no aquecimento da superfície e a concentração de calor na atmosfera, em virtude da modificação dos gases constituintes da atmosfera, favorecem um aumento não só da temperatura como também de diversas outras variáveis, como disponibilidade de umidade, pressão atmosférica, ventos entre muitas outras.
“O que estudos mostram é que com as mudanças passamos a ter eventos de chuvas e temporais mais intensos e severos, assim como temos eventos de estiagem mais intensos”, aponta.
Como combater as mudanças climáticas?
Segundo a equipe de pesquisadores, para combater, ou melhor, desacelerar as mudanças climáticas é necessário ações em todos os lugares do mundo.
“Claro que isso não quer dizer que não possamos ou tenhamos que fazer a nossa parte. Se conseguirmos emitir menos gases poluentes, sobretudo os que favorecem o efeito estufa, entre outras ações, estaremos contribuindo para diminuir os impactos”, explica.,
Um estudo da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), publicado no final do ano passado, mostra que a maior parte do território brasileiro ou está secando ou está sofrendo com as cheias, dois eventos climáticos extremos com impactos ambientais e sociais.
Em Santa Catarina, o fenômeno é oposto: há mais cheias, com dados que demonstram que elas são 18% mais intensas do que no passado. Também no Estado, uma cheia que acontecia a cada 100 anos, em média, agora ocorre a cada 70 anos.
O estudo conclui que a menor quantidade de água disponível na seca também está relacionada ao aumento do uso da água, fator que chamou a atenção dos pesquisadores na região Sudeste, por exemplo.
Para o geógrafo e pesquisador Lindberg Nascimento, o Estado está na rota das mudanças climáticas. Em entrevista feita pela repórter Gabriela Ferrarez no final de julho, Nascimento explicou a fala.
Segundo o pesquisador, que é especialista em desastres naturais, geografia do clima e educação geográfica para as relações étnico-raciais, atualmente, todo evento climático, extremo ou não, é consequência das alterações no clima.
Nascimento afirma que os fatos são fruto da alteração do processo natural, causado pela atividade humana. Segundo o cientista, a partir da Revolução Industrial, o mundo passou a sofrer com as consequências da atividade humana.
Com informações do ND+