Foto: Divulgação/PCSC
A Polícia Civil de Santa Catarina, por intermédio da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Laguna, deflagrou, com apoio da DIC de São José, entre os dias 08 e 09 de maio de 2023, a 2ª fase da operação policial relacionada ao assalto ocorrido em uma joalheria localizada em Laguna no dia 30 de março de 2023.
A primeira fase, já havia sido desencadeada no dia 18 de abril de 2023, quando policiais da DIC prenderam, em Curitiba, no Paraná, os dois responsáveis – de forma direta – pelo crime.
Agora, a nova operação policial visou o cumprimento de mais oito ordens judiciais, consistentes em três mandados de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão. As diligências vêm sendo cumpridas pela DIC de Laguna, que se encontra em Caxias do Sul/RS, e pela DIC de São José, que se encontra em seu município sede.
Nessa segunda fase das investigações, a unidade policial conseguiu apurar a participação de mais outras três pessoas no crime praticado, todas naturais de Caxias do Sul/RS.
Segundo consta, dois desses homens teriam deslocado, nos dias anteriores ao do crime, do município de Caxias do Sul até Laguna, e, desde então, teriam passado a encaminhar, deste município, informações imprescindíveis aos demais comparsas para a prática do crime, sobretudo os relacionados à logística do estabelecimento que seria assaltado, o horário de atendimento, as rotas de fuga possíveis, o local para abandonarem o veículo, dentre outros.
Ainda, a DIC também acabou demonstrando que, visando monitorar a ação da Polícia Militar de Laguna, um desses homens teria permanecido nas proximidades da Joalheria – antes, durante e após o assalto, apenas se retirando do local já ao anoitecer – sempre com o intuito de efetivamente monitorar a ação policial dos militares.
O segundo homem também teria se posicionado em frente à antiga base do Pelotão de Patrulhamento Tático de Laguna, no intuito de monitorar o trajeto de eventual deslocamento realizado pela guarnição policial militar, e, em acompanhando, avisar aos demais autores do crime.
A DIC de Laguna ainda conseguiu apurar a participação de um terceiro homem, que seria responsável pela venda de artigos de ouro em Caxias do Sul, e que teria deslocado, ainda na noite do assalto, do município de Vacarias, Rio Grande do Sul, até Palhoça, Santa Catarina, no intuito de se encontrar com a dupla de assaltantes, que se esconderia nesse município.
De acordo com o apurado, o plano seria uma breve reunião em um motel situado em Palhoça para, logo após, esse terceiro homem adquirir, ocultar e transportar todo os objetos subtraídos ao Rio Grande do Sul, local em que imediatamente passaria a pulverizar e revender as joias roubadas, tornando difícil não só a recuperação dos bens, como também a própria prisão em flagrante dos assaltantes, que não se encontrariam mais na posse dos objetos.
De acordo com o Delegado Bruno Fernandes, coordenador da unidade, “trata-se de profunda e complexa investigação, que conseguiu indicar a participação de cinco homens, todos responsáveis por, direta ou indiretamente, terem promovido o assalto à Joalheria da cidade. Ainda, trata-se de claro recado encaminhado à criminalidade, no sentido de não se aventurarem em práticas criminosas no município de Laguna, já que certamente serão descobertos e responsabilizados. Não por outro motivo, os cinco assaltantes – em que pese tenham fugidos e se escondidos – restaram localizados e presos pela Unidade, sendo-os localizados e presos em Curitiba/PR; São José/SC; e Caxias do Sul/RS.
Os dois homens presos no Rio Grande do Sul, um no bairro Santa Fé e outro no Distrito de Vila Seca, em Caxias do Sul, foram encaminhados ao presídio Local. O outro, que se escondia no município de São José, também restou encaminhado ao presídio da cidade.
As investigações se encerraram por completo com a deflagração da presente operação, já que o Ministério Público da comarca já ofereceu denúncia contra os cinco envolvidos.