O prefeito virou réu no processo que apura irregularidades na coleta e destinação de lixo no Estado
O prefeito afastado de Pescaria Brava, Deyvisonn da Silva de Souza (MDB), concordou em participar do esquema de propina antes de ser eleito em 2016, de acordo com o Ministério Público. Ele, que foi preso em dezembro de 2022 na primeira fase da Operação Mensageiro, virou réu nesta quinta-feira (13), após os desembargadores da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) terem aceitado a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
Também nesta quinta, o prefeito de Capivari de Baixo, Vicente Corrêa Costa (PSD), também virou réu no processo da operação que apura a suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina
“Na ocasião, considerada por ambos como certa a vitória de DEYVISONN na eleição municipal que se avizinhava, foi firmado um pacto oculto informal para a obtenção de vantagens indevidas recíprocas por meio da contratação (ou mantença desta), no Município de Pescaria Brava, dos serviços de relacionados a resíduos sólidos prestados pela Serrana.
DEYVISONN comprometeu-se a usar seu poder de mando para, de modo permanente, colocar a máquina pública bravense à disposição dos interesses da Serrana, sempre que o núcleo empresarial assim julgasse necessário, impedindo, por exemplo, dificuldades na obtenção de aditivos ou mesmo na quitação “em dia” dos valores concernentes aos serviços contratados”, explica a denúncia.
Além disso, ele teria solicitado R$ 15 mil para facilitar a execução do atual contrato e futuros acordos. Ainda de acordo com a denúncia, após assumir a prefeitura, ficou combinado o repasse de R$ 3 mil em dinheiro vivo, calculado a cada mês de vigência do contrato.
Entre janeiro de 2017 e janeiro de 2022, ele teria recebido, de acordo com o MP, vantagens em ao menos 11 oportunidades, o que daria um total mínimo de R$ 198 mil.
Com informações do TNSul