A doença ainda não apresenta casos em território brasileiro, mas deixou o país em estado de alerta máxima pelo início do período de migração, já que as aves silvestres podem trazer a doença dos países vizinhos.
O temor pela Gripe Aviária e suas consequências foi tema de palestra no Centro Universitário Barriga Verde (Unibave). Conforme a médica veterinária da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Carmem Regina Vieira, a doença ainda não apresenta casos em território brasileiro, mas deixou o país em estado de alerta máxima pelo início do período de migração, já que as aves silvestres podem trazer a doença dos países vizinhos.
Conforme Carmem, a Cidasc está trabalhando com questões preventivas, disseminando as informações e buscando levar o conhecimento de cuidado com a biosseguridade para o maior número possível de pessoas. A incidência maior do vírus é em aves aquáticas, e em casos suspeitos não é recomendado tocar nas aves e sempre notificar a Cidasc.
Ela ainda apontou ações que devem ser tomadas para pequenos produtores de frango e outras aves de forma doméstica para evitar a doença como:
– Não alimentar os animais na rua (para evitar atrair animais silvestres e o contato dos domésticos com eles).
– Manter os animais em ambientes com telhado, para evitar o contato com aves silvestres.
– Comunicar a Cidasc caso se perceba sinais nervosos, respiratórios e digestivos nas aves, ou ainda o aumento de mortalidade nas suas aves ou nas aves de vida livre.
– Em caso de dúvidas, procure a Cidasc. O whatsapp da Cidasc de Orleans é o 3466-1407.
Casos e produção comercial
Além do Brasil, só o Paraguai ainda não registrou casos da doença na América do Sul. Hoje, o município de Orleans tem 36 matrizes produtoras de ovos férteis e mais 68 aviários comerciais. A médica veterinária lembra que as medidas de prevenção são para evitar futuras sanções econômicas de importação da produção catarinense, o que poderá ocasionar prejuízos financeiros e desemprego.
“Não é uma questão de se vamos ter casos e sim quando vamos ter casos”, diz o gestor regional da Cidasc de Criciúma, Daniel Remor Moritz. O reitor do Unibave e coordenador do curso de Medicina Veterinária, Guilherme Valente de Souza, agradece a disponibilidade em atender a Instituição. O evento contou com a presença do secretário de agricultura de Orleans, Luiz Cristóvão Crocetta.
A palestra foi uma realização do Unibave, CIDASC e Núcleo dos Médicos Veterinários Regional Sul, com apoio do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina (CRMV-SC) e Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somesc).