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‘A gente fez tudo o que pôde’, diz funcionária de creche alvo de ataque

A instituição realizou a coletiva na tarde deste sábado (08), com direção, professores e funcionários em Blumenau

Foto: Fran Cardoso / Divulgação NDTV

Na tarde deste sábado (08), a direção, professores e alguns pais de alunos do Centro de Educação Infantil Cantinho Bom Pastor, realizaram uma coletiva de imprensa para falar sobre a tragédia registrada na última quarta-feira (05), onde quatro crianças foram mortas no ataque em Blumenau.

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Ao todo, 220 crianças participam das atividades da creche. No dia da tragédia, cerca de 140 crianças estavam no local, 25 delas no parque. Durante a coletiva, a instituição divulgou um ofício onde convoca uma reunião com a prefeitura de Blumenau, Ministério Público, policiais e outros órgãos.

Muito abaladas, as professoras e funcionárias falaram sobre o dia do ocorrido. Elas estavam em uma roda de conversa, brincando e cantando com as crianças. O ataque teria ocorrido muito rápido, mas elas correram para salvar os pequenos e os trancaram em salas e banheiros para evitar que houvesse mais feridos.

A funcionária que atua na limpeza do local relatou que limpava uma sala que fica em frente ao parque quando ouviu uma professora dizer que alguém havia invadido o local. Ela correu para o parque para ajudar as crianças. “A gente fez tudo o que a gente pôde”, comentou.

Neste momento difícil, as professoras destacaram que estão reunindo forças para voltar para a escola, para as crianças. “A nossa força vai vir deles, dos sorrisos, das brincadeiras. Talvez agora a gente não saiba de onde vai conseguir tirar, mas é por eles”, comentou uma das professoras.

Outra professora contou sobre os momentos em que chegava na instituição, pois costuma ser a primeira a chegar e a encontrar os pequenos. “A gente canta, brinca e quando eu chego naquela porta, vêm todas e me abraçam e dizem ‘prof, eu te amo’ e ‘prof, como você está linda”.

Sobre o retorno para o ambiente escolar após a tragédia, as professoras relataram estar com medo, angustiadas e com muita dor. Segundo a Assessora Jurídica da instituição, uma das professoras teve um ataque cardíaco devido a pressão psicológica sofrida nos últimos dias.

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A entidade informou que, através do ofício divulgado, traçará formas de voltar através do Ministério Público, para encontrar um meio de retornar nesse momento tão difícil e de insegurança.

Com informações do R7

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