Prefeitura diz que já tem projeto licitado para pontes de concreto, mas aguarda R$ 5 milhões do Governo do Estado para iniciar as obras
Moradores da comunidade de Brusque do Sul, em Orleans, e algumas localidades do entorno, reclamam de um problema, que segundo eles, é recorrente: a cada chuva mais forte, as pontes que fazem ligação com a comunidade e que foram feitas de forma paliativa, são carregadas pela água. As três pontes de concreto que faziam a ligação com o bairro foram destruídas pela enchente de maio de 2022.
Conforme vídeo gravado por moradores, é comum chegar ao local da ponte e não ter acesso, já que são improvisadas e feitas junto ao rio, são as chamadas pontes baixas. “Essas pontes já foram feitas umas cinco ou seis vezes e a cada chuva elas são levadas”, contou o vereador Valter Orbem (PSD). Segundo ele, grande parte dos estudantes da região frequentam a escola de Brusque do Sul e dependem do acesso, assim como moradores que precisam se dirigir ao trabalho.
Vídeo: Reprodução Redes Sociais
Ainda de acordo com o vereador, a prefeitura afirmou que em junho do ano passado já tinha os recursos para a reconstrução das três pontes, mas, segundo ele, o projeto demorou, mudou o governo e os valores foram bloqueados. “Demoraram para fazer o projeto e perderam o dinheiro, agora têm que começar do zero, caçando recursos que já estavam garantidos”, disse o vereador, mostrando um ofício encaminhado pela prefeitura à Câmara de Vereadores, falando sobre novo pedido feito ao executivo estadual. “Toda semana falamos disso na tribuna da câmara, inclusive com a presença de moradores que não aguentam mais esse problema”, enfatizou Orbem.
Recursos prometidos para este mês
Por parte do município, de acordo com o secretário de Infraestrutura e Obras de Orleans, Rodrigo Vieira, a expectativa é de que os recursos sejam liberados ainda durante o mês de março pelo Estado. “Existe a promessa de que os recursos sejam liberados ainda este mês. As pontes já foram licitadas e devem iniciar assim que liberar o dinheiro”, destacou o secretário.
Ele afirma que as chuvas realmente levam as cabeceiras e elas precisam ser reconstruídas periodicamente para a passagem de veículos e pedestres. “É um paliativo, mas funciona. Ninguém daquele local ficou mais que um dia sem acesso”, disse o secretário. “Ontem mesmo fizemos as cabeceiras pela manhã e à tarde a chuva levou tudo de novo. Hoje fomos cedo pra lá, refizemos as pontes e 8h30 as crianças já estavam na sala de aula”, enfatizou Vieira. “Estamos sempre presentes para que a travessia seja garantida e esperamos que tudo se resolva o mais rápido possível”, concluiu.