Trânsito

Concessionária diz que é ‘prematuro’ para falar sobre causas do deslizamento na BR-376

Geólogo afirma que já havia indícios de que a área poderia sofrer o deslizamento; duas mortes foram confirmadas no local

Foto: Divulgação

Quatro dias após o deslizamento na BR-376, a Arteris Litoral Sul, concessionária que administra a rodovia, informou que ainda não conta com embasamento técnico para afirmar as causas do acidente que já deixou, pelo menos, duas pessoas mortas.

“Neste momento, qualquer afirmação sobre as causas do deslizamento seria prematura, pois não contaria com o embasamento técnico necessário”, afirmou a empresa. A informação foi dada após especialistas afirmarem que a área já apresentava risco de deslizamento.

Ao ND+, o geólogo e professor Abdel Hach falou sobre o local. “Se você ver, tem uma cicatriz de concreto [ao lado do trecho desmoronado]. Para frente, onde tem caminhões, carros parados, tem um muro com tirantes. Então, [o local] já é conhecido como área de risco. Por que não foi feito concreto em cima da área onde sabíamos que ia acontecer uma corrida de lama, por exemplo?”, questiona.

Em entrevista coletiva na quarta-feira (30), o superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Paraná, Antônio Paim de Abreu Junior, disse que a concessionária é o órgão responsável pelas ações no local.

“Quem tem todo o inventário da rodovia, tudo que é feito no local, justamente para garantir condição de segurança, é o órgão rodoviário responsável. Nesse caso, é uma concessão pública. Todo esse levantamento é feito por eles. Certamente eles vão ter as respostas para informar as ações que tiveram de acordo com cada situação”, disse Paim.

A concessionária informou que o trecho era monitorado. “A Arteris ressalta que possui um programa permanente de monitoramento de encostas e que o trecho em que aconteceu o deslizamento é acompanhado periodicamente, sendo parte de suas obrigações contratuais”.

Confira a nota completa da concessionária:

“A Arteris Litoral Sul está consternada e se solidariza com amigos e familiares das vítimas do deslizamento de terra no km 668,7 da BR-376/PR. O atendimento à ocorrência é a prioridade máxima da concessionária neste momento.

Por isso, a empresa não está medindo esforços e as equipes estão totalmente mobilizadas para fornecer todo o suporte e logística sob liderança do Corpo de Bombeiros para resgate no trecho.

Após essa etapa tão crucial, da mesma forma, a concessionária empenhará todos os seus esforços para que a via seja liberada e que o tráfego possa ser restabelecido, com total segurança e o mais rápido possível.

A Arteris ressalta que possui um programa permanente de monitoramento de encostas e que o trecho em que aconteceu o deslizamento é acompanhado periodicamente, sendo parte de suas obrigações contratuais.

Neste momento, qualquer afirmação sobre as causas do deslizamento seria prematura, pois não contaria com o embasamento técnico necessário. O propósito da Arteris é garantir a melhor segurança viária para os usuários.

Especificamente sobre a BR-376/PR, a concessionária investiu fortemente na rodovia. Entre os investimentos aplicados especificamente no trecho da Serra do Mar, destacam-se a construção de duas áreas de escape, a conclusão da instalação do sistema de iluminação em 30 kms das pistas Norte e Sul;e a implementação do sistema semafórico para alerta em caso de trânsito interrompido à frente, denominado de Pirilampo.

A Arteris Litoral Sul reforça seu compromisso com a sociedade paranaense e seguirá trabalhandopara a melhoria constante das condições de tráfego e segurança do trecho, tão importante para a logística do País”.

De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar, estima-se que 30 pessoas estão soterradas no local. Seis vítimas foram resgatadas com vida.

Com informações do ND+

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