A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco/Decor), desencadeou, nesta sexta-feira, 25, a segunda fase da Operação Gravatas.
A ação, que contou com o apoio do Núcleo de Fiscalização do Sistema Penitenciário do Ministério Público do Distrito Federal (NUPRI/MPDFT), teve o objetivo de dar cumprimento a medidas de constrição patrimonial, consistente em bloqueio e indisponibilidade judicial das contas bancárias e ativos dos investigados, além da apreensão de bens moveis.
A investigação visa apurar a atuação de alguns membros e advogados de organização criminosa de projeção nacional, o PCC (Primeiro Comando da Capital) que estariam dissimulando o recebimento e a movimentação de recursos oriundos de atividades ilícitas. Os investigados se utilizaram da profissão de advogado, com a finalidade de receberem valores de origem ilícita que seriam, posteriormente, revertidos a integrantes da alta cúpula do grupo.
As apurações indicam que os advogados utilizariam contas pessoais a fim de movimentar recursos da facção criminosa. Assim, disponibilizariam benefícios aos internos do Sistema Penitenciário do Distrito Federal. O fato constitui a prática do crime de lavagem de dinheiro e receptação. As medidas que estão sendo cumpridas na data de hoje são sequestro e bloqueio de contas bancárias, bens e veículos, cujos valores ultrapassam R$ 300 mil.