Professor de 34 anos foi preso em flagrante, suspeito de cometer abusos contra alunas de oito e nove anos
Na manhã desta segunda-feira, dia 29, pais de alunos do município e que frequentam a Escola de Ensino Fundamental Demétrio Bettiol, em Cocal do Sul, realizarão uma manifestação em frente à unidade escolar. O ato marcado para o início da manhã tem como objetivo protestar contra a suspeita de estupro que teria sido praticado por um professor de 34 anos, com alunas da instituição. As vítimas teriam entre oito e nove anos. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.
A manifestação é organizada por pais, dentro de um grupo privado. Até o início da noite de ontem, já contava com a participação de 257 pessoas. Conforme a mãe de uma das vítimas e que está à frente do movimento, os pais pedem a exoneração da diretora da escola e que o homem continue preso durante toda a investigação.
“A diretora omitiu socorro às crianças, isso é crime de prevaricação e omissão de socorro. Também não temos garantia que ele vai seguir preso, queremos que ele responda atrás das grades. Ele é pedófilo. Mais quantas crianças terão que passar por isso?”, indagou a mãe.
Flagrante
O professor foi preso em flagrante na última sexta-feira, dia 26, após a mãe de uma aluna acionar a Polícia Militar de Cocal do Sul, alegando que a filha foi abusada dentro da própria escola. Outras três famílias também procuraram a delegacia e relataram a mesma história. O professor passou por exame de corpo de delito antes de ser encaminhado ao presídio.
Imagens de câmeras de monitoramento mostram o professor entrando na biblioteca com as alunas. “Os próximos passos serão ouvir mais testemunhas, aguardar os atendimentos psicológicos das crianças e analisar detalhadamente as imagens fornecidas para a investigação”, explica Márcio Campo Neves, delegado de Cocal do Sul, responsável pelo caso.
Segundo Neves, as novas testemunhas serão ouvidas ainda hoje. A polícia também irá apurar se existem mais denúncias contra o professor, além das que já foram relatadas. No último sábado, dia 27, o suspeito passou por uma audiência de custódia e, até o momento, ele segue preso.
A Polícia Civil divulgou um áudio compartilhado pelo próprio professor em um aplicativo de mensagem, dizendo que na verdade, o que teria ocorrido dentro da biblioteca, foi uma “brincadeira com pirulitos”. “Eu vendei os olhos dela e disse: ‘tu vais ter que adivinhar o sabor’. Só isso. Fiz a brincadeira, mas ela foi morder e quase quebrou o dente”, disse o suspeito.
Com informações do TNSul