Terreno em Criciúma está com um forte odor de enxofre provocado pelo rejeito de carvão
Tristeza. A palavra resume o sentimento da criciumense Maria Lorena Adão, de 55 anos, moradora do bairro Colonial. Há mais de 20 anos ela reside em uma casa na rua Lúcia Jerônimo Adão, que precisou ser interditada ontem, pela Defesa Civil do município. Isso porque, um odor forte de enxofre provocado pela queima de rejeito do carvão, no terreno onde ela reside, tem gerado uma série de problemas.
Há pouco mais de três meses, Maria Lorena reformou a casa, com materiais doados por conhecidos. Ela é faxineira, solteira e sustenta três filhos. Durante a reforma foi colocado fogo em algumas madeiras no terreno, causando assim, o espalhamento das chamas no subsolo, atingindo material de mineração e provocando a fumaça.
“Lembro que meu irmão estava colocando os pisos no banheiro da casa e falou que não tinha condições. O chão estava muito quente e a gente não entendia o que estava acontecendo. Nem a pia que eu ganhei foi colocada. Entre isso, começou levantar um cheiro forte, que não dava pra suportar”, destacou Maria Lorena.
Neste tempo, a Defesa Civil realizou algumas ações no local para combater a combustão, porém todas sem sucesso. Por isso, o próximo passo é demolir a residência, para trabalhar novas estratégias no terreno. O plano do órgão público é reerguer a casa após a conclusão do trabalho.
“É uma situação triste. Infelizmente, precisamos interditar a residência. Temos duas possibilidades que podem ser trabalhadas, uma delas é afogar o terreno, com a tendência que resfrie o fogo e apagou ou fazer uma linha de corta por fora do terreno, colocando argila e aterrando novamente”, destaca Fred Gomes, diretor da Defesa Civil de Criciúma.
Com informações de Letícia Ortolan TNSul