Em conversa, estagiário de escritório que atendeu Kelber deu detalhes que remontam a noite do crime
Novas informações foram reveladas sobre o assassinato de Jéssica Ballock e do bebê de 3 meses que ocorreu em Blumenau. Em conversa o estagiário de direito do escritório que atendeu Kelber Henrique Pereira deu detalhes que remontam a noite do crime e também a entrega do filho aos avós.
Rodrigo Fernandes Azevedo, estagiário do escritório de advocacia, revelou que Kelber procurou o local e contou tudo que ocorreu até o momento do crime. O suspeito alegou ter tido uma grande discussão com Jéssica momentos antes de cometer o assassinato da jovem de 23 anos e do bebê.
“Ele falou que fazia mais de um ano que era dependente químico, mas que conseguiu controlar esse vício. Só que após consumir bebida alcoólica ele ficou com ansiedade e vontade de voltar a usar drogas naquela noite” começa Azevedo.
“Foi então que ele saiu, pegou certa quantidade de drogas, usou bastante e falou que a hora que acabou essa droga teve uma grande discussão com a esposa”, explica o estagiário. Ainda conforme Azevedo, Kelber chegou a mostrar marcas e hematomas que teriam sido feitos durante a briga do casal.
Equipe faz vídeo e aciona polícia
Rodrigo continua e afirma que logo que souberam do que se tratava, fizeram Kelber gravar um vídeo explicando o que ocorreu e imediatamente informaram a polícia sobre o crime. Foi então que os corpos de Jéssica e do bebê foram encontrados.
O homem relatou ainda que toda a equipe trabalhou tentando convencer que Kelber se entregasse, o que não ocorreu. “Em certo momento a mãe dele entrou em contato dizendo para ele entregar a criança e ele falou: ‘Vou entregar a criança e depois me entregar’, nós deixamos tudo preparado, mas de repente ele sumiu”, relatou o estagiário.
Prioridade foi a criança
A partir do sumiço de Kelber, o escritório passou a ter como prioridade encontrar a criança e entregar ela aos avós paternos. Segundo Azevedo, toda a equipe atuou tentando convencer o suspeito a entregar o filho para que eles pudessem levá-lo até a cidade de Munhoz, em Minas Gerais, onde os avós residem.
Durante a noite daquele mesmo dia, o rapaz fez novo contato e afirmou querer se entregar. Foi necessária mais de uma hora para convencer Kelber a entregar o filho para os avós, até que o suspeito concordou em marcar um local e deixar o filho com a equipe do escritório.
“Marcamos um ponto e eu levei mais duas testemunhas”, relatou o estagiário. “Pegamos a criança e levamos até a cidade de Munhoz e orientamos a avó que a criança precisava ficar com eles”, contou.
Suspeito não lembra como matou
Ainda de acordo com a entrevista de Rodrigo, o suspeito contou que o casal teve uma grande discussão por conta das drogas e essa discussão virou uma briga. Kelber, inclusive, tinha ferimentos na barriga e em um dos braços.
O homem falou aos advogados que não lembrava se havia degolado a mulher, enforcado ou então a assassinado com uma faca. “Ele falou que estava sob um efeito muito forte de droga”, explicou.
Na terça-feira (26), o suspeito foi localizado e preso pela Polícia Militar de Bragança Paulista, interior de São Paulo. Desde então ele está no presídio da cidade. A Polícia Civil de Blumenau solicitou a transferência do suspeito e agora aguarda parecer do Ministério Público.
Com informações do ND+