Hospital São Francisco, de Concórdia, informou a situação em nota; provável causa foi a superlotação do setor de UTI Infantil/Neonatal
Uma bactéria multirresistente foi identificada em quatro bebês internados na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Infantil/Neonatal do Hospital São Francisco, de Concórdia, no Oeste catarinense. A informação foi divulgada em nota emitida pelo hospital nesta quinta-feira (19).
Conforme o comunicado, o hospital já informou aos órgãos competentes e definiu, nesta quarta-feira (18), ações emergenciais para controlar novos casos de colonização/infecção.
Conforme protocolos e rotinas estabelecidos no hospital, semanalmente todos os pacientes da UTI são monitorados com culturas de vigilância para monitoramento de possível colonização. “Esta rotina faz com que possamos identificar precocemente a ocorrência de microrganismos multirresistentes, a fim de tomar as medidas cabíveis”, informou a nota.
De acordo com a médica infectologista e responsável técnica pelo serviço de controle de infecção do Hospital São Francisco, Dra. Clarissa Guedes, a causa provável foi a superlotação do setor de UTI Infantil/Neonatal. “Infelizmente à longa data estamos excedendo a nossa capacidade de ocupação, o que aumenta consideravelmente o risco de infecções e contaminações cruzadas”.
O hospital ressaltou que, corriqueiramente, recebe pacientes de outras cidades da região de abrangência mesmo a UTI estando com a sua capacidade máxima de 12 leitos ocupada. O hospital chega a atender até 17 bebês simultaneamente.
“Por questões de princípios, ética e humanização não deixamos de receber e atender estes pacientes. O hospital abraça essas vidas, não nega leitos e, apesar de todo o trabalho de cuidado, de higienização das mãos, em função da proximidade dos leitos e da superlotação essas bactérias se transmitem de paciente a paciente em um ambiente extremamente limitado em função do espaço físico”, acrescentou a médica.
Com informações do ND+