Após ser arrastado por carro amarrado em uma corda, animal foi levado para uma clínica veterinária, mas não resistiu e morreu
A Polícia Civil ainda apura os fatos, mas acredita na inocência de um homem de 62 anos, acusado pelas redes sociais de ter maltratado o próprio cachorro em Estação Cocal, Morro da Fumaça. O idoso foi interrogado na tarde de ontem, ao lado do advogado, Frank Bez Fontana da Silva, e versão relatada diante das autoridades, é que se trata de um acidente. O animal foi levado para o veterinário, porém não resistiu e morreu.
O caso ganhou repercussão nesta semana, após circular na internet o vídeo de um condutor dirigindo um Saveiro, com um cachorro sendo arrastado na estrada. O animal estava amarrado em uma corda, no reboque do veículo. A informação coletada pelo delegado Márcio Campos Neves é de que as imagens são verídicas, mas que provavelmente, se trata de uma fatalidade. Sendo assim, o caso deve ser arquivado.
De acordo com o advogado de defesa, o cliente foi ao sítio de propriedade dele no dia 13 de maio, por volta das 17h30, tratar dos animais de criação. Chegando ao local, o cachorro fugiu do cercado. “Meu cliente foi atrás dele e o amarrou no reboque da caminhonete para continuar tratando dos outros bichos, depois levaria para o canil”, disse. “Mas quando entrou no carro para ir embora, já era escuro e ele não se lembrava de ter amarrado, provavelmente o cão estava dormindo embaixo do veículo, e ele não viu”, acrescentou.
Ainda conforme a versão, o homem só se deu conta de que estava arrastando o cachorro no momento em que foi abordado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Neste momento, o idoso pegou o animal, colocou dentro do carro e levou para uma clínica veterinária.
“Foi no dia aniversário do meu cliente e ele está arrasado porque é um cachorro que estava há oito anos na família, brincava com os netos dele. Tanto que no momento que ele se deu conta da situação, levou imediatamente para o veterinário. Não conseguiu ouvir os gritos, pois a estrada é de chão e ele mal latia já. Não foi intencional, ele estava andando a 20 quilômetros por hora”, destacou o advogado.
O delegado responsável pelo caso afirma que a versão foi confirmada pelos profissionais do Samu. Também destaca ter visto fotos e vídeos do cão, comprovando que era bem tratado pela família. “Confirmaram a versão e disseram que o senhor até passou mal porque não acreditava no que estava acontecendo. Agora vamos ouvir os policiais que autuaram no caso e eu vou encaminhar tudo para o Poder Judiciário. Mas tudo indica que foi um acidente, uma fatalidade e não um crime de maus-tratos”, enfatizou Neves.
“Está sendo uma injustiça”, disse Silva, sobre o julgamento das pessoas diante dos fatos. “Toda história existem três lados, o do meu cliente, o da denúncia e aquele que traz a verdade. Trouxemos a versão certa para a polícia, mas ele já está pagando muito caro por isso”, finalizou o advogado.
Com informações do TNSUL