Em pouco mais de cinco meses, 2022 se tornou o ano com mais mortes pela doença desde que passou a contabilizar os dados sobre o Aedes aegypti.
O número de mortes por dengue chegou a 26 em Santa Catarina. Segundo o boletim da Diretoria de Vigilância Sanitária (Dive), divulgado na sexta-feira (6), 46 municípios estão em estado de epidemia para a doença.
Em pouco mais de cinco meses, 2022 se tornou o ano com mais mortes pela doença desde que passou a contabilizar os dados sobre o Aedes aegypti. Em 2021, foram confirmadas sete mortes pela doença. O número neste ano é 271% superior.
Segundo o boletim, 14 óbitos registrados em 2022 no Estado são investigados e podem ter ocorrido por consequência da dengue.
Em relação aos casos, 32.206 pessoas foram diagnosticadas e 20.598 permanecem como casos suspeitos. Na comparação com o mesmo período de 2021, quando foram confirmados 12.333 casos, houve um aumento de 161% no número de casos confirmados.
26 mortes confirmadas pela doença:
- Abelardo Luz, 74 anos, masculino, autóctone
- Abelardo Luz, 80 anos, feminino, autóctone
- Ascurra, 66 anos, feminino, autóctone
- Blumenau, 94 anos, masculino, autóctone
- Brusque, 81 anos , masculino, autóctone
- Brusque, 59 anos, feminino, autóctone
- Brusque, 64 anos, feminino, autóctone
- Brusque, 97 anos, feminino, autóctone
- Brusque, 100 anos, feminino, autóctone
- Caibi 72 anos, feminino, autóctone
- Chapecó, 66 anos, masculino, autóctone
- Chapecó, 73 anos, masculino, autóctone
- Chapecó, 86 anos, feminino, autóctone
- Chapecó, 87 anos, feminino, autóctone
- Coronel Freitas, 66 anos, masculino, autóctone
- Criciúma, 40 anos, masculino, importado
- Guaraciaba, 94 anos, feminino, autóctone
- Itá, 72 anos, masculino, autóctone
- Itá, 39 anos, feminino, autóctone
- Joinville, 65 anos, feminino, autóctone
- Maravilha, 82 anos, masculino, autóctone
- Palmitos, 82 anos, masculino, autóctone
- Palmitos, 78 anos, masculino, autóctone
- Palmitos 76 anos, feminino, autóctone
- Romelândia, 61 anos, masculino, autóctone
- Xanxerê, 51 anos, masculino, autóctone
Sintomas
A primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C) de início abrupto, que tem duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos.
Manchas pelo corpo também são sintomas e estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.
A recomendação da Dive é que quem apresentar os sintomas deve procurar um serviço de saúde.
Prevenção
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica divulgou orientações para evitar a proliferação do mosquito:
- evite usar pratos nos vasos de plantas – se usá-los, coloque areia até a borda;
- guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
- mantenha lixeiras tampadas;
- deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
- plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
- trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
- mantenha ralos fechados e desentupidos;
- lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
- retire a água acumulada em lajes;
- dê descarga no mínimo uma vez por semana em banheiros pouco usados;
- mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
- evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
- denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
- caso apresente sintomas de dengue, febre de chikungunya ou vírus da zika, procure uma unidade de saúde para o atendimento
Com informações do G1