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Após 48 anos, marcas da enchente permanecem na memória de moradores da região; confira imagens

Nos dias 23 e 24 de março de 1974, fenômeno provocou destruição nas cidades de Tubarão, Orleans e Lauro Müller.

Foto: Ni Bunn

Um episódio marcado pela devastação. É assim que muitos moradores da região se recordam da enchente registrada nos dias 23 e 24 de março de 1974, que provocou destruição nas cidades de Tubarão, Orleans e Lauro Müller.

O ramal ferroviário foi levado, lavouras foram arruinadas, rebanhos foram dizimados e estradas e pontes simplesmente desapareceram. De uma hora para outra, famílias tiveram que lidar perdas humanas e materiais. Em Orleans, a usina hidrelétrica, pioneira no Sul do estado desde 1937, teve destruídos a barragem, o canal e a casa de máquinas.

Lauro Müller mal havia se recuperado da enchente de 1971 e precisou lidar novamente com o triste cenário. A escassez de linhas telefônicas e a falta de energia elétrica dificultavam a comunicação com parentes e pessoas queridas, aumentando ainda mais a aflição. Em Tubarão, a cidade mais afetada pela enchente de 1974, estima-se que houve 199 mortos e 65 mil desabrigados.

O que causou a enchente

A cheia foi provocada por um fenômeno chamado cataclisma. Nele, as massas oceânicas foram empurradas para o continente pelo vento Leste, bateu na Serra do Rio do Rastro e não conseguiu se dispersar, ocasionando a forte precipitação pluviométrica. O rio que dá nome à cidade de Tubarão subiu mais de 10 metros depois de dois dias de chuvas ininterruptas. A água baixou apenas dois dias depois e 90% dos moradores perderam tudo o que tinham.

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