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Jovem de 19 anos morre em acidente de trabalho

Guilherme morreu após ficar internado por seis dias na UTI do Hospital Nossa Senhora da Conceição.

Familiares e amigos de Guilherme Monteiro Garcia, 19 anos, despediram-se ontem do jovem. Ele morreu após ficar internado por seis dias na UTI do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), em Tubarão. O rapaz foi hospitalizado depois de um acidente de trabalho. Guilherme trabalhava em uma concessionária de automóveis. Na terça-feira, um dia antes do acidente, o jovem comemorou o 19º aniversário.

Segundo familiares, Guilherme trabalhava há mais de um ano no lava-jato da concessionária. O acidente teria sido causado pela combustão de um produto químico utilizado para limpar contatos em motores. Como o veículo estava ligado, ocorreu uma faísca e chamas se formaram. Com a combustão, formaram-se gases que foram inalados por Guilherme e causaram queimaduras de 2º grau nos braços, no rosto e nas vias respiratórias.

O jovem foi levado consciente ao hospital e internado em coma induzido. O quadro teria se agravado com o inchaço da garganta e o comprometimento do pulmão. Na madrugada de ontem, por volta das 2h, Guilherme teve uma parada cardíaca e foi reanimado. Quatro horas mais tarde, às 6h, o rapaz teve outras duas paradas cardíacas e não resistiu.

De acordo com a família, a empresa ofereceu apoio e sugeriu a transferência para outro hospital, o que não foi recomendado pelo médico responsável pelo atendimento devido à extensão dos problemas respiratórios. O rapaz também tinha equipamentos de proteção individual (EPI) como luvas e máscara, porém, no momento do acidente ele não estaria utilizando. O DS entrou em contato com a empresa, mas os diretores preferiram não se pronunciar sobre o caso.

Guilherme morava com os pais no bairro São João ME. Tinha quatro irmãos e namorava há dois anos. “Ele estava muito feliz, tinha comprado um carro, instalado um som legal. Tínhamos feito uma festinha no dia anterior para comemorar o aniversário dele. A empresa deu um bolo e nós compramos os salgadinhos. É tudo muito triste”, afirma um cunhado de Guilherme.

Diário do Sul