O cão pertence ao tio do condutor, o animal sobreviveu ao acidente e está internado em uma clínica veterinária
Circula nas redes sociais a imagem de um cachorro que havia sido arrastado por um carro neste último sábado (2), no distrito de Rio Maina, em Criciúma. O animal estava amarrado no veículo, porém, a ocorrência tratava-se de um acidente, de acordo com a apuração da Polícia Civil de Criciúma.
O condutor do veículo foi encaminhado para a Central de Plantão Policial (CPP), onde prestou depoimento juntamente com testemunhas do ocorrido. De acordo com o delegado que estava de plantão, Tulio Falcão, o homem foi liberado por não ter sido configurado crime de maus-tratos.
“O motorista que teria arrastado o cachorro não tinha conhecimento que o animal estava amarrado no carro. A corda era pequena e não dava para enxergar. Ele pediu o carro emprestado ao tio e o cachorro estava embaixo do veículo. Testemunhas falaram que quando ele foi parado ficou surpreso. Ele prestou depoimento, mas na ausência de dolo não foi lavrada prisão em flagrante”, explanou o delegado.
O cão pertence ao tio do condutor, o animal sobreviveu ao acidente e está internado em uma clínica veterinária. Todo o material recolhido na investigação foi encaminhado para a 2° Delegacia de Polícia Civil de Criciúma. “Eles estavam reformando uma kitnet e o cão é abrasivo, não permite que ninguém entre no território. Então o dono pediu ao filho para amarrar em outro lugar. Ele amarrou no carro. O sobrinho pediu o carro emprestado, o cachorro estava embaixo do veículo e ele não viu”, afirma o delegado Tulio.
Tulio também explanou que a legislação para crimes de maus-tratos não prevê prisão para casos onde não fica configurado dolo. “Os crimes de maus-tratos não suportam a modalidade culposa, só a dolosa. No momento não ficou preso porque ficou a dúvida acerca do dolo. Todo o material foi encaminhado para a 2° delegacia , mas está praticamente finalizada investigação”, finaliza.