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Projeto Gentil Memória em Jaguaruna resgata o patrimônio histórico da região

Exposição fotográfica será realizada entre os dias 27 de agosto e 24 de setembro, no Clube 1 de Janeiro

Divulgação

Sem jornal impresso ou televisão, o fotógrafo Gentil Reynaldo documentou o cotidiano da região de Jaguaruna, durante os anos de 1940 e 1980, através da fotografia. São mais de 80 mil negativos em chapas de vidro e películas de plásticos, que são preservados através do projeto Gentil Memória, iniciativa que resgata o valor histórico e cultural da Região Sul de Santa Catarina, por meio da conservação, digitalização, catalogação e pesquisa do acervo de Gentil.

Agora, o projeto traz à comunidade o resultado do que vem sendo feito para ser visto de perto – pela primeira vez. Trata-se da Mostra Gentil Memória, realizada entre os dias 27 de agosto e 24 de setembro, no Clube 1 de Janeiro, em Jaguaruna. “É um canal entre a população, seu patrimônio e o imaginário coletivo. É através desse olhar mais de perto do acervo, que as reflexões subjetivas e os diálogos vão surgir”, revela Guilherme Reynaldo, diretor e produtor do projeto Gentil Memória.

MOSTRA FOTOGRÁFICA

Se por um lado as agressões climáticas, infelizmente, inutilizaram alguns negativos devido ao seu avançado grau de decomposição, por outro lado, a limpeza e a catalogação realizadas pelo projeto traz à tona milhares de imagens jamais antes reveladas. E é no resultado desses processos, que as principais fotografias restauradas já foram selecionadas para compor a exposição fotográfica.

Dentre as temáticas abordadas estão os registros de desfiles, bailes, festas, solenidades políticas e religiosas, retratos, construções como a catedral, a escola, o clube social e dos diversos naufrágios e encalhes de embarcações que aconteciam próximos às praias, na região conhecida como o Cemitério dos Navios. “Essas fotografias imprimem a marca da presença humana sobre o território e simbolizam, visualmente, as ideias, bem como aspirações da comunidade ao longo da sua história”, completa Guilherme.

Ainda por meio da linguagem fotográfica e, também, da expressão humana, a mostra conta com uma programação de palestras, oficinas, exibições de documentários e rodas de conversa, com número limitado de inscrições, para seguir os protocolos referentes à Covid-19. Todas as atividades serão feitas de forma gratuita. Assim, as muitas gerações que posaram diante das lentes de Gentil Reynaldo poderão recordar das antigas histórias, enquanto os jovens conhecerem a identidade e o passado.

Pesquisa

Neste contato do público com o acervo por meio da exposição e da mostra, a comunidade pode contribuir com as pesquisas, ao reconhecer as datas, os lugares e as pessoas que estampam os registros fotográficos. Dar nome aos rostos documentados é fundamental, visto que, além de ser um dos meios para a população se sentir parte do enredo histórico brasileiro, gera identificação com e para o acervo.

O projeto

Contemplado na categoria “Patrimônio Material” do Edital Elisabete Anderle da Fundação Catarinense de Cultura, edição 2019 e 2020, o projeto proporciona um resgate do valor histórico e cultural, através do diagnóstico, conservação, digitalização, catalogação e exposição dos negativos do Sr. Gentil. Assim, cumpre a nobre função de enriquecer as narrativas sobre o passado e sua influência no presente e no futuro da comunidade.

Gentil Reynaldo

Nascido em 25 de outubro de 1922 na comunidade do Camacho, o menino Gentil criou-se sempre na companhia dos seus cinco irmãos. Com eles, ajudava seus pais que trabalhavam no comércio e na agricultura. Mas foi a criatividade e a habilidade para a música que marcou a infância dessas crianças. Na adolescência, Gentil e seus irmãos formaram a banda (o Conjunto) chamada “Seis Irmãos” e abrilhantaram festas e bailes na região, por muitos anos.

Aos 18 anos, comprou sua primeira câmera, e foi, então, que abraçou a fotografia. E a partir daí, por volta de 1940, a região sul catarinense começava a conhecer os registros desse fotógrafo que, através de imagens, descreveu a evolução histórica de toda a sua gente. “Ele era dotado de uma veia artística inquestionável, possuía um fino trato com todas as pessoas que o cercavam. Tinha muito prestígio. Era uma pessoa que podia ser definida pelo próprio nome: Gentil”, diz o filho Gilson Rocha Reynaldo, com saudades.

Com informações do HCNoticias

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