A construção das usinas de asfalto irá baratear em até 50% a pavimentação de ruas e estradas rurais
Tirar a lama e a poeira de vez da vida dos catarinenses, especialmente nas pequenas cidades do interior. Com esse objetivo, o Governo do Estado lança nesta quarta-feira, 25, o programa SC Mais Asfalto, para fomentar a construção de usinas de asfalto em todas as regiões de Santa Catarina. Ao todo, o Executivo disponibilizará R$ 120 milhões para a iniciativa, que será realizada em parceria com os consórcios de municípios. O programa é coordenado pela Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade (SIE) em parceria com a Casa Civil.
A construção das usinas de asfalto irá baratear em até 50% a pavimentação de ruas e estradas rurais. O governador Carlos Moisés conta que o programa é um exemplo concreto das ações municipalistas adotadas pela atual gestão do Estado. Por meio do associativismo, as prefeituras conseguirão asfaltar mais vias, trazendo um benefício direto para a população.
“Esse é um modelo que me encanta. Com as usinas de asfalto, os municípios conseguirão fazer mais com menos. A união das prefeituras vai fazer com que toda a região se desenvolva. O asfalto no interior traz dignidade, conforto e desenvolvimento. Santa Catarina tem muito a ganhar com mais usinas”, diz o governador.
Nesta semana, Carlos Moisés estará no Sul do Estado para formalizar os dois primeiros convênios do programa, com os consórcios da Amurel e do Mampituba. O secretário da Infraestrutura e Mobilidade, Thiago Vieira, ressalta que o SC Mais Asfalto é um programa de Estado, e não apenas da atual gestão. Ele afirma que a iniciativa diminuirá o custo logístico das pavimentações de vias urbanas e estradas vicinais. Para isso, será usada a estrutura dos consórcios de municípios, que serão usados para formalizar os convênios.
“Sabemos a diferença que faz na vida de uma pessoa quando a rua em que ela mora recebe asfalto. Não é importante apenas pela qualidade de vida, mas também para o desenvolvimento econômico. Uma rodovia pavimentada facilita o escoamento da produção e a atração de novas empresas. O SC Mais Asfalto garantirá esse fomento, especialmente para as comunidades que aguardam há muito tempo”, diz Vieira.
O exemplo que vem de Pinhalzinho
Desde 2012, o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento da Infraestrutura Rodoviária (Cidir) possui uma usina de asfalto com capacidade de produção de 80 toneladas por hora. Construída sem o apoio do Estado na época, a estrutura atende 15 municípios da região de Pinhalzinho, no Oeste catarinense. Segundo o presidente da entidade e prefeito de Cunhataí, Luciano Franz, a cooperação entre as prefeituras no tema resulta em uma economia que varia entre 30% e 50%. “Com isso, os municípios do consórcio conseguem reverter esses recursos que sobram em mais pavimentação ou em outras obras, na saúde ou na educação”, diz Franz.
O prefeito de Pinhalzinho, Mario Afonso Cena, conta que o consórcio, por ser público, possui vantagens tributárias. Isso faz com que a produção do asfalto seja mais barata na comparação com a iniciativa privada. Além disso, o prefeito ressalta que todas as etapas, incluindo o projeto e a construção, são feitas por funcionários do consórcio. A folha de pagamento é compartilhada entre as prefeituras.
Todo esse suporte faz com que as obras sejam barateadas. Cena cita o caso da pavimentação em andamento da estrada rural para as linhas Gaúcha, Galliazzi e Boa Vista, no interior de Pinhalzinho. Ao todo, serão sete quilômetros de asfalto a um custo de R$ 6 milhões. Em obras desse porte, é incomum que o custo por quilômetro fique abaixo de R$ 1 milhão nos editais de licitação.
Exemplos como esse fazem com que Cena elogie a atitude do Governo de lançar o SC Mais Asfalto. Segundo o prefeito, as usinas agilizarão a chegada das pavimentações no interior do Estado.
“É preciso louvar e elogiar essa iniciativa do Governo do Estado. Vai facilitar muito para levar o asfaltamento para as comunidades do interior. O custo se reduz e muito. Além disso, você tem uma obra de ótima qualidade, feita por funcionários próprios e contando com a fiscalização da comunidade”, finaliza.