Secretaria de Saúde desativará os leitos de internação e de UTI do Hospital de Retaguarda do Rio Maina devido a queda nos números do coronavírus.
Devido a grande queda nos números de internações da Covid-19, a Secretaria de Saúde de Criciúma desativará os leitos do Hospital de Retaguarda do Rio Maina. Após oito meses de funcionamento, a previsão é que o unidade de saúde não receba mais pacientes com a doença já no próximo mês.
“Com a diminuição dos números de internações hospitalares e de retaguarda, o contrato vigente se encerra dia 2 de setembro e aí não teremos mais intenções hospitalares e em UTI no Rio Maina”, explica o secretário de Saúde de Criciúma, Acélio Casagrande.
No local seguirá funcionando o Centro de Reabilitação para as pessoas que tiveram Covid-19. “O Rio Maina segue com a reabilitação. Tivemos um número de 1 mil paciente que passaram e que vão continuar fazendo a reabilitação ali”, destaca Casagrande.
De acordo com o secretário, as outras instituições hospitalares de Criciúma têm condições de atender a demanda atual de internações de Covid-19. Principalmente o Hospital São José, que chegou a ter a UTI lotada por quase seis meses, neste início de ano.
“Temos o suficiente de leitos em outras instituições hospitalares. Como o próprio São José que está com uma demanda baixíssima hoje na questão da Covid-19”, ressalta.
Em um mês foi possível observar a queda dos números da doença em Criciúma. No dia 17 de julho, a cidade possuía 118 pessoas internadas, sendo 44 em UTI. Além disso, existiam 562 casos ativos da doença. Já nesta terça-feira (17), um mês depois, os números são de 23 pessoas internadas, sendo 13 em UTI. Além de 132 casos ativos da doença em Criciúma.
A queda nos números ocorre no momento em que avança a vacinação contra a Covid-19. Criciúma atingiu a marca de mais de 90% da população adulta com a primeira dose e cerca de 40% com a imunização completa
Atualmente, estão sendo vacinadas pessoas com 20 anos ou mais no município. São 46 salas de vacinação e as pessoas devem se cadastrar no Portal Minha Vacina, para receberem a dose.
Equipamentos seguirão no hospital
Apesar da desativação dos leitos, a Secretaria não irá retirar os aparelhos e estrutura física das salas de UTI e de internação. Principalmente devido ao monitoramento das variantes do coronavírus, como a Delta que já tem casos confirmados em Santa Catarina.
“Não vamos desmontar ainda. Estamos em alerta. Tem uma situação que esperamos que não chegue aqui e, se chegar, que seja com nenhum tipo de gravidade. Para que as pessoas pelo menos não precisem de internação hospitalar”, afirma. “Todos leitos continuam lá e estamos em paralelo a isso construindo algo para aquele local”, projeta o secretário.
O futuro do hospital está em discussão. Nesta terça-feira (17), Casagrande esteve reunido como o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro. A ideia é que o local siga recebendo pacientes.
“Ele esta sensível a causa. Estado será parceiro nessa construção de viabilizar a questão financeiro, de custeio e a forma de gestão desse hospital. Temos conversado com a Unesc (Universidade do Extremo Sul Catarinense) para ser hospital, também, de ensino. Estamos construindo, também, para que o São José tenha uma extensão ali e possamos ampliar o atendimento SUS na região”, analisa o secretário.
Custeio em discussão
Comprado pela Prefeitura de Criciúma para que fosse instalado o Hospital de Retaguarda, agora a intenção é transformar o local em um ponto de internações paliativas. A grande questão é buscar o valor para custear as atividades do local.
“O Hospital São José, por exemplo, produz 600 cirurgias eletivas por mês. Precisaríamos de no mínimo mil cirurgias por mês pela demanda. Então porque não pensar no São José dobrar a capacidade de cirurgia e fazer do Rio Maina um hospital de internações paliativas onde as pessoas que precisam ficar internadas clinicamente possam ficar”, almeja o secretário.
Segundo ele, o valor para custear o hospital seria de em torno de R$ 2 milhões por mês. “O investimento não é aquilo que nos preocupa muito. O que nos preocupa é a manutenção, o custeio”, ressalta. ” Esse custeio que é a dificuldade maior e a preocupação. É um construção que não é de um dia para o outro”, completa Casagrande.
Com informações do site ND Mais