Diretoria jurídica da Casan analisa a lei que foi sancionada pelo prefeito, Clésio Salvaro, regulamentando a instalação de válvula de retenção de ar em hidrômetros no município.
Em Criciúma está liberada a instalação de válvulas de retenção de ar em hidrômetros de imóveis comerciais e residenciais. O dispositivo vinha sendo utilizado como uma forma de diminuir o valor da fatura de água e era proibido pela Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento) por ser instalado antes do relógio de medição do consumo.
A regulamentação ocorreu após a sanção do prefeito, Clésio Salvaro, nesta quarta-feira (14), da Lei nº 7.916 de autoria dos vereadores Salésio Lima e Arleu da Silveira, presidente da Câmara de Vereadores. O projeto foi aprovado por unanimidade na casa legislativa.
“Desde 1990 já tem essas peças no mercado para vender. A peça é instalada antes do hidrômetro. A hora que a água entra ela tem mais peso e abre a válvula. Já quando vem o ar ela deixa o ar sair sem passar no relógio. Havendo assim uma economia na conta de água e, consequentemente, de esgoto”, pontua Lima.
A lei destaca que a instalação do equipamento poderá ser feita pelo consumidor ou caso ele deseje, mediante protocolo junto à Casan em Criciúma, que terá 90 dias úteis para a execução. O não cumprimento do prazo obrigará a Companhia a efetivar o desconto de 30% do valor da conta mensal do mês anterior. A instalação não é obrigatória. “Já encontrei várias casas com isso. Antes da lei já existia isso”, destaca Lima.
Para o presidente da Câmara, o hidrômetro não distingue a diferença entre ar e água. “Como não há esta distinção, este ar, ao ser empurrado, gira mais rápido o relógio e a instalação do bloqueador permite maior economia e beneficia diretamente os usuários do sistema”, destacou Arleu.
Aumento de vendas, após liberação
Já nesta quinta-feira (15), o gerente comercial de uma loja de material de construção no centro de Criciúma, Marciano Gazola, notou o aumento das procura pelo dispositivo.
“Aumentou bastante. Só no dia de hoje (15) recebemos entre cinco e seis pedidos de instalação desse supressor de ar. Na maioria de síndicos de condomínios”, destacou.
Casan irá fazer estudo jurídico
Um dos pontos questionados pela Casan é a questão dessas válvulas não terem liberação no Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). A lei já está em análise no setor jurídico da Companhia.
“Esse dispositivo não é aprovado pelo Inmetro. Então já é um complicador maior para o cidadão encontrar o dispositivo para a Casan fazer a instalação”, destaca o superintendente regional da Casan Sul/Serra, Gilberto Benedet Júnior.
De acordo com a lei, o dispositivo pode ser instalada havendo a liberação do Inmetro ou de qualquer órgão de igual competência.
“Se vende no mercado, alguém está sendo autorizado. Se tem no comércio alguém autorizou”, ressalta Lima. “Comércio de Criciúma já tem peças para relógios de casas, condomínios, entre outros”, completa o vereador.
Com informações do site ND Mais