Entre eles está o fato de que o Estado pediu doses extras de vacina contra a Covid-19 com receio de avanço da doença durante o inverno, mas não teve o pleito atendido.
O secretário de Estado da Saúde (SES), André Motta Ribeiro, enumerou nesta quinta-feira (1º) fatos que apontam para a falta de atenção do governo federal para com Santa Catarina na área da Saúde. Entre eles está o fato de que o Estado pediu doses extras de vacina contra a Covid-19 com receio de avanço da doença durante o inverno, mas não teve o pleito atendido.
Motta Ribeiro fez uma solicitação formal, ainda em maio, para que os três estados do Sul recebessem 5% da reserva estratégica de vacinas para avançar a proteção antes da chegada do inverno. No entanto, não houve o atendimento da demanda. “Eu vejo o Marcelo [Queiroga, ministro da Saúde] lá no Nordeste… mas aqui ele não vem. Eu pedi um aporte a mais de vacina para o inverno dos estados do Sul. Temos essa dificuldade”, disse o secretário.
Segundo o secretário, o governo federal tem garantido a entrega das vacinas, mas deixou a desejar na questão de outros itens. “Os contratos estão assinados. Eu acho que a gente corre um risco pequeno na questão de distribuição de vacina. Nossa grande dificuldade é custeio, porque eles estão desorganizados. […] Medicamentos, insumos, equipamentos. Nós estamos à mercê das nossas próprias atitudes. O governo não tem nada para nos dar. Mas nós estamos nos virando muito bem”, afirmou.
Segundo ele, o Estado chegou a devolver equipamentos ao Ministério da Saúde por “baixa qualidade”. Além disso, não recebeu insumos para a vacinação, como seringas e agulhas. Os remédios enviados pelo governo federal tem sido encaminhados aos hospitais filantrópicos porque o governo estadual já adquiriu, acrescenta.
Outro entrave com o governo federal é o financiamento da Saúde. Os estados pediram para 2021 um orçamento extra de R$ 40 bilhões para a área a fim de garantir custeio para o enfrentamento à pandemia e também para o tratamento daqueles que ficaram com sequelas da doença e para acelerar a fila de cirurgias eletivas. Por enquanto, nenhum recurso foi aportado.
Com informações do site Rede Catarinense de Notícias