Estado vacinou apenas 36,6% do público-alvo para influenza; menina de 3 anos está internada com suspeita de coinfecção no Sul do Estado.
A campanha de vacinação contra a Influenza continua em Santa Catarina. Segundo o Painel da Influenza, do Ministério da Saúde, apenas 36,6% do público-alvo recebeu a imunização no Estado até o momento. Mais de 2 milhões de catarinenses fazem parte do grupo prioritário para receber a vacina.
Em Florianópolis, os dados registrados pela prefeitura indicam que o imunizante foi aplicado em cerca de 85 mil pessoas – o total de pessoas no público-alvo é 213.012. A campanha de vacinação segue até o dia 9 de julho.
Fazem parte do público-alvo os indígenas, crianças de 6 meses até 6 anos, pessoas de 60 anos ou mais, trabalhadores da saúde, pessoas com comorbidades, gestantes e puérperas, trabalhadores da educação, segurança e do transporte (motoristas de transporte coletivo e caminhoneiros).
A vacinação contra influenza na Capital acontece durante a semana, por agendamento ou demanda espontânea, dependendo das regras de cada unidade de saúde. As informações sobre a organização em cada um dos postos podem ser encontradas pelo contato dos centros de saúde da região.
Índices de vacinação
O Ministério da Saúde distribuiu 2.347.600 doses para Santa Catarina. Na Capital, foram vacinados 60% dos idosos previstos pela campanha, 53% das crianças, 50% dos trabalhadores da saúde, 7% das pessoas com comorbidades, 13% dos trabalhadores da educação, 13% das forças de segurança e 41% das puérperas.
O infectologista Martoni Moura e Silva reforça que, no contexto de circulação da Covid-19, a vacinação contra a influenza evita que mais um vírus circule pelo Estado. Ele diz ainda que, apesar de ter baixa letalidade, a influenza também pode levar a complicações, com internação e morte.
Martoni afirma que “não é de agora que temos a necessidade de vacinar contra a influenza”, mas explica ser importante para evitar a coinfecção com a Covid-19. “A influenza é sazonal, aparece por estação, e o coronavírus está circulando de verão a verão”.
Coinfecção em Santa Catarina
No dia 16 de junho, foi registrado o primeiro caso suspeito de de coinfecção de influenza H1N1 e Covid-19 em Santa Catarina. A paciente é Eloah, de 3 anos, portadora de AME (Atrofia Muscular Espinhal). Ela foi internada em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no Sul do Estado.
Pamella Lemos Cardoso, mãe da menina, informou que foram realizados três testes para a Covid-19. A Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) informou, nesta segunda-feira (21), que o caso da menina continua sendo investigado. Foram feitos testes rápidos, em laboratório privado, que confirmaram Covid-19 e influenza.
No entanto, o órgão aguarda os resultados dos exames que estão sendo processados pelo Lacen/SC para a confirmação ou não de coinfecção.
Com informações do site ND Mais