Considerados os últimos 14 dias da doença em Santa Catarina, há um acréscimo de 11,1% no número de casos ativos.
Após o feriado prolongado de Corpus Christi, comemorado no último dia 3, Santa Catarina acumula alta de novos casos de Covid-19. No último sábado (12), o Estado atingiu 24.160 casos ativos, o maior número dos últimos 30 dias. Neste domingo (13), o volume caiu para 23.258, mas, segundo a projeção da Secretaria de Estado da Saúde (SES) a tendência é de alta de novos registros da doença.
O aumento de casos após o feriado não é coincidência. Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Eduardo Macário, no período de folga e ponto facultativo muitas equipes de vigilância municipal são “desmobilizadas” e há um atraso no registro de novos casos. Isso, de acordo com ele, fez os casos ativos caírem de pouco mais de 22 mil, número do último dia 5, para 19 mil no dia 8, e voltarem a subir neste momento.
A redução no início da semana passada ocasionou uma “falsa sensação de segurança”, diz, quando na prática o Estado somava mais casos, não apenas pelo represamento, mas pelo avanço da doença.
“[Estamos] em alerta máximo. Nós temos notado um aumento no número de casos muito provocada por causa do feriado. O período acabou desmobilizando as pessoas de fazerem o registro a nível municipal”, afirmou. “Nós temos ainda uma perspectiva de elevação de casos. Não é o momento de fazermos aberturas, flexibilizações ou eliminarmos as medidas de prevenção”, acrescentou.
Considerados os últimos 14 dias da doença em Santa Catarina, há um acréscimo de 11,1% no número de casos ativos. Neste período, foram 37.846 novas confirmações – uma média acima de 2,7 mil por dia -, a maioria (56%) nos últimos sete dias.
Esse aumento de novos casos foi um dos fatores que fez o mapa de risco recrudescer nesta semana. Segundo a SES, todas as 16 regionais de saúde estão em risco gravíssimo (vermelho) para Covid-19 – uma piora em relação a semana anterior, quando eram 13 regiões no nível gravíssimo (vermelho) e três no nível grave (laranja).
Especialistas já consideram a chegada de uma terceira onda da doença durante o inverno mesmo que a segunda ainda não tenha zerado seus efeitos. O Estado ainda tem filas por leitos de UTI (58 pacientes aguardavam uma vaga segundo o último informativo) e a ocupação de leitos SUS adultos de UTI voltou a crescer: 97,4%, com três macrorregiões com 100% de ocupação (Meio-Oeste e Serra, Grande Oeste, e Foz do Rio Itajaí), além dos altos percentuais de Norte e Nordeste (98,7%), Vale do Itajaí (97,9%), Sul (95,2%), e Grande Florianópolis (90,7%).
Com informações do site TNSul