Apuração do suposto furto de 10 doses no Vale do Itajaí mostra falha no cuidado com uma medicação "escassa e primordial para controle da pandemia", diz delegado
O sumiço de 10 doses da vacina contra a Covid-19 ocorreu por “desorganização” da prefeitura de Apiúna, no Médio Vale do Itajaí. É isso que aponta o inquérito que foi concluído pela Polícia Civil a respeito do suposto furto dos imunizantes.
O caso foi registrado no início de março na cidade e o desfecho da apuração surpreendeu até os investigadores.
Isso porque diferente das hipóteses levantadas inicialmente, que cogitavam a possibilidade de um funcionário ou uma pessoa de fora do posto de saúde ter subtraído o imunizante, as investigações não conseguiram concluir sequer se houve um furto.
Cerca de 10 pessoas foram ouvidas ao longo do inquérito.
— Não sabemos nem mesmo se houve a subtração [da vacina] em virtude do nível de desorganização, de falta de controle e segurança daquela sala. Pode ter, inclusive, acontecido um extravio das vacinas — afirma Martins.
Ninguém foi indiciado no inquérito policial. Agora cabe ao Ministério Público (MPSC) analisar o caso e determinar medidas de controle à prefeitura de Apiúna. Procurada pela reportagem, a Administração Municipal disse não ter sido notificada sobre o fim da apuração e afirmou aguardar posição do MP.
Reforço na segurança
O prefeito Marcelo Doutel da Silva conta que na manhã do sumiço das doses a contagem apontou que o frasco estava no local. À tarde, quando a equipe foi retirar o medicamento para aplicação, não estava mais.
— Agora se quebraram e não quiseram contar por medo ou algo nesse sentido, não tem como falar — admite.
Ele garante que depois do episódio uma câmera de monitoramento foi instalada na própria geladeira de armazenamento. Quem tira as doses do local, atualmente, é a polícia, diz o prefeito.
— Agora é feito um controle minucioso, antes era uma sala de vacinação normal — pontua o chefe do Executivo.
Com informações do NSCTotal