PM registrou BO pelo crime de provocar pavor, anunciando desastre ou perigo inexistente, e praticar ato capaz de produzir pânico ou tumulto.
A Polícia Militar de Orleans foi acionada, na noite desta segunda-feira, dia 10, para uma ocorrência bastante atípica. O solicitante relatou que, ao chegar em casa, percebeu panfletos colocados em carros nas ruas com fake news, contendo mensagens de cunho religioso e apocalíptico. Não foi possível identificar o responsável ou responsáveis pela distribuição.
Por volta de 50 folhetos foram recolhidos pelos policias, que confeccionaram um Boletim de Ocorrência pelo crime de provocar pavor, anunciando desastre ou perigo inexistente, e praticar ato capaz de produzir pânico ou tumulto. Sendo assim, o caso deverá ser investigado pela Polícia Civil. As pessoas que tiverem informação a respeito do responsável pela distribuição devem acionar as autoridades policiais.
Os panfletos pedem que as pessoas tenham cuidado com um “projeto do anticristo”, de documentação eletrônica, alegando que um microchip será implantado na mão ou na testa com o número do CPF, RG ou CNH, sugerindo tratar-se da “marca da besta”. Além disso, acrescenta que quem não aceitar “fará parte automaticamente do povo de Deus”. O texto sugere, ainda, que as pessoas vivam como indigentes. “Não é fácil, mas será por pouco tempo, e a essa altura é a alternativa que nos resta”, pondera.
Caso semelhante
Em outubro de 2016, conforme o site G1, a Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) de São Paulo pediu a suspensão de uma lei criada em Santa Bárbara d’Oeste (SP) visando proibir implante de chips eletrônicos em seres humanos. Na ocasião, o fato gerou polêmica.
Assim como nos panfletos distribuídos em Orleans, o texto da lei também utilizava de passagens bíblicas para citar o fim do mundo. A proposta havia sido aprovada na Câmara de Vereadores e vetada pela Prefeitura, mas o veto foi derrubado pelos vereadores, criando a lei em dezembro de 2015. O vereador autor do Projeto de Lei afirmou, na oportunidade, que o fim dos tempos se aproximava e que as leis precisavam se antecipar.