Safra teve início neste mês e segue até meados de abril. Expectativa é atingir produção de, em média, 157 sacas por hectare.
Produtores de arroz estão animados com o início da safra no Estado. O grão está entre as principais fontes econômicas dos municípios do Sul, e deve atingir, neste ano, 157 sacas por hectare. O cultivo nas regiões do Extremo Sul (Amesc), Carbonífera (Amrec) e Laguna (Amurel) equivale a 65% de todo o quantitativo registrado em Santa Catarina. Epagri considera valor de comercialização um dos melhores da história.
“A safra está com início de colheita e estamos com uma expectativa entorno da média de produção, um pouco acima, mas tivemos alguns problemas como o excesso de chuvas no momento que o arroz estava florescendo, o que prejudicou o controle de doenças, mas, de uma forma geral, a condição das lavouras estão boas, temos uma expectativa na média histórica da nossa região”, explica o engenheiro agrônomo e coordenador do projeto Grãos da Epagri no Sul de Santa Catarina, Douglas George de Oliveira.
Nas regiões que compõem o Sul, aproximadamente 2.500 agricultores se dedicam à produção do grão. No Vale do Araranguá é onde se concentra a maior parte, visto que a cultura é uma das principais fontes econômicas dos municípios da localidade. “Muitas cidades não têm indústrias grandes, as principais, inclusive, estão ligadas à própria cadeia do arroz, como o beneficiamento”, destaca o engenheiro agrônomo.
A Amesc, Amurel e Amrec são as principais regiões produtoras de arroz em todo o Estado. “Juntas, as três microrregiões representam 65% da produção do arroz em Santa Catarina. De 98 mil hectares que são cultivados nessas localidades, o principal é o Vale do Araranguá, que representa 1/3 do arroz em Santa Catarina, cerca de 50 mil hectares. É a principal atividade agrícola da região”, acrescenta De Oliveira.
Preços agradam produtores
Um fator que tem agradado os agricultores nesta safra é o valor das sacas com 50 quilos. Atualmente, a quantidade, em média, é vendida a R$ 92. “Os preços de comercialização estão muito bons, na verdade, historicamente, nunca foram tão bons como está agora. O produtor está animado, com expectativa de uma safra dentro da normalidade, sem muitas perdas, mas com um valor remunerador que anima todo o setor, toda a cadeia produtiva, os agricultores e as indústrias. Isso tudo traz um bom estímulo para o setor de arroz na região”, enfatiza o coordenador do projeto Grãos.
A colheita do grão teve início neste mês e deve se estender até meados de abril à primeira semana de maio. “A grande parte da colheita se concentra na segunda quinzena de fevereiro até o final de março”, relata De Oliveira. Em termos de produção, a Epagri avalia cerca de 5% a menos do que foi colhido em 2020. “Só que ano passado foi a nossa safra recorde, teve a maior produtividade da história. Então, mesmo quebrando um pouco a produção, esta será uma safra boa. Em 2020 foram 163 sacas por hectare, esse ano, será entre 155 e 157 sacas por hectare”, finaliza o engenheiro.
Qualidade boa do grão
Cerca de 140 hectares de arroz são cultivados pelo agricultor Silvino Gava, que avalia este ano como um dos melhores para a rizicultura. “Eu comecei a colheita no final de janeiro e já colhi 51 hectares, foi uma plantação boa. A área colhida até agora é uma área com terra mais fraca, mas já foi uma boa produção”, relata o produtor.
A produção do agricultor fica localizada em Nova Veneza, município que tem o arroz como uma das principais fontes de arrecadação no agronegócio. Gava relata que a qualidade do arroz colhido até agora é muito boa. Além disso, os valores para comercialização são motivos de comemoração nesta safra. “Vínhamos sofrendo vários anos e esse melhorou, está excelente”, finaliza.
SAFRA 2021
Rizicultores: 2.500 (Amesc, Amrec e Amurel)
Quantidade de hectares plantados: 98 mil
Sacas por hectare: 157 (média)
Valores por saca: R$ 92 (média)
Com informações do site TNSul