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Ciclistas enfrentam obstáculos na BR-101 Sul

Excesso de tachões e acostamento limitado dificultam trânsito de bicicletas no trecho.

Divulgação

Os ciclistas da região Sul têm enfrentado alguns obstáculos – literalmente, enquanto trafegam pela BR-101 Sul. Os tachões, popularmente conhecidos como “tartarugas”, e os acostamentos com espaço limitado, têm colocado as pessoas que utilizam esse meio de transporte, como atividade de lazer ou a trabalho, em situação de risco. A CCR ViaCosteira, responsável pela administração do trecho, afirma que os dispositivos implantados seguem as recomendações do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

O ciclista de Criciúma, Eduardo Schaucoski, convive constantemente com o problema, já que utiliza o trecho com frequência para treinos de fundo e longa distância. “Na BR-101, onde é seguro para os ciclistas, estão criando esses obstáculos que são as tartarugas. Elas estão sendo colocadas em toda a BR-101 praticamente. Isso está criando um certo risco, porque os ciclistas chegam ali, alguns podem tentar fazer a travessia e serem projetados ao chão”, explica.

Além disso, Schaucoski avalia que a concessionária deveria fazer acostamentos nas marginais. “A maioria não tem, nem recuo, muitas vezes é a calçada e logo em seguida o meio-fio”, enfatiza. O ciclista ainda comenta que em alguns lugares o excesso de tachões tem prejudicado o trânsito. “Estão botando vários redutores de velocidade, um ciclista passa tranquilo, mas quando está em um pelotão de ciclistas, chegam nesses pontos, tem que reduzir a velocidade, porque qualquer tipo de erro, essa tartaruga vai derrubar os ciclistas. Isso não foi feito pensando nos outros meios de transporte, está se tornando uma situação desconfortável”, acrescenta.

A situação é sentida por outros ciclistas da região. “Durante as férias eu estive fazendo o trajeto Criciúma a Balneário Camboriú e notei algumas coisas diferentes, isso tudo veio à tona, mais colegas estão se lamentando e tentando dialogar com a concessionária referente ao acostamento. Os tachões, para os motoristas, favorece, mas para os ciclistas dificulta, criaram vários obstáculos”, finaliza Schaucoski.

Os guardrails, barras de proteção embaixo dos viadutos, também impossibilitam a passagem dos ciclistas pelo acostamento. “Fizeram com que quem esteja no acostamento seja projetado para a pista”, finaliza o criciumense.

Ofício encaminhado à CCR ViaCosteira

De acordo com o ciclista e membro do Instituto John Bike, João Virtuoso, um ofício foi encaminhado à CCR ViaCosteira com o objetivo de cobrar explicações sobre o excesso de tachões. “Eu recebi uma ligação do nosso jurídico perguntando se eu poderia apurar com mais apreciação no local para mandarmos um ofício. Constatamos que realmente ficaram muito perigosos esses tachões, o que nós pedimos, no mínimo, é uma abertura de 20 centímetros para a roda da bike passar. Se não passar por ali, o ciclista tem que ir pelo rolamento da BR e isso é muito complicado com trânsito intenso, então mandamos o documento e estamos aguardando”, explica.

Conforme a CCR ViaCosteira, cerca de 40 mil novas tachas refletivas estão sendo implantadas em todos os acessos de entrada para a via principal, juntamente com as marcas viárias, com o objetivo de aumentar de forma significativa, a orientação e segurança para a integração do tráfego urbano com o rodoviário. O projeto de sinalização implantado pela empresa cumpre obrigações contratuais descritas no Programa de Exploração da Rodovia e a ação faz parte dos trabalhos iniciais de melhorias previstos no contrato de concessão federal em Santa Catarina.

Com informações do site TNSul

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