Alterações foram realizadas pela antiga gestão municipal no final do ano passado e não teriam agradado.
O trânsito da área central de Içara novamente passará por mudanças. Ao menos, essa é a vontade da Prefeitura, que promete retroceder as alterações efetuadas pela antiga gestão municipal em novembro do ano passado, com o argumento de melhorar a mobilidade urbana local. A prefeita Dalvania Cardoso anunciou que retomará o fluxo anterior a partir do dia 10 de fevereiro, com base em reclamações da maior parte da população.
As principais mudanças estão no trânsito da rua Cel. Marcos Rovaris, que será invertido, e da rua Henrique Lage, que mudará o sentido da rua Sete de Setembro e não será mais em direção à avenida Procópio Lima. Apenas a continuidade da mão dupla da rua Anita Garibaldi até a Cel. Marcos Rovaris será mantida.
De acordo com o governo, os gastos para todas essas alterações serão irrisórios. “Não teremos grandes custos. Sobrou bastante material da última vez, usaremos apenas as tintas que sobraram”, afirma o vice-prefeito Jandir Sorato. De acordo com ele, uma pesquisa realizada junto à população envolvida foi preponderante para a decisão.
“Estamos voltando ao que era antes. O povo não aprovou, o comércio não aprovou e os usuários não gostaram. Para nós, é o povo quem manda”, ressalta. Segundo o estudo realizado, cerca de 80% dos envolvidos são favoráveis ao retorno do tráfego antigo.
CDL pede prudência
A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Içara não acatou de maneira integral a decisão. A associação irá se reunir com representantes da Prefeitura nesta quarta-feira para discutir o que é viável – ou não – alterar.
Na visão da entidade, há pontos positivos do cenário atual que devem ser mantidos, e pontos negativos que de fato precisam ser revistos. “Achamos que está um pouco precipitado. Não somos contra as mudanças, mas pensamos que está cedo e que poderíamos esperar mais para ver o que está dando certo, e consertar aquilo que está dando errado”, destaca Paulo Roberto Brígido, presidente da CDL de Içara.
Apesar da maior parte das opiniões serem favoráveis, ele lembra que ainda há muitas pessoas contrárias à esta decisão, e que por se tratar de um assunto delicado, qualquer medida precisa ser tomada com cautela. “Não dá para se afirmar que está tudo errado. Foi um estudo que levou quase um ano para ser feito, buscando diferentes visões. A mudança mais ríspida foi na rua Cel. Marcos Rovaris. Os comerciantes de outras ruas acabaram beneficiados, porque jogou o trânsito todo para lá. Temos relatos de comerciantes que são a favor da situação atual e outros que são contrários, por isso, é um tema que estamos pedindo prudência”, arremata.
Com informações do site TNSul