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Com tarifa a R$ 2,10, cobrança de pedágio na BR-101 começa em 15 de março

À frente da rodovia federal desde agosto, concessionária realiza melhorias e irá oferecer serviços até a data.

Divulgação

Em menos de 60 dias, quem trafega pela BR-101, precisará abrir a carteira. A expectativa da CCR ViaCosteira, que administra a rodovia federal, é iniciar a cobrança do pedágio a partir da segunda quinzena de março, (15).

E o preço também já está definido: R$ 2,10. A empresa venceu o leilão de concessão, ao oferecer R$ 1,97. Porém, o valor era referente à data do certame, realizado em fevereiro do ano passado. A atualização é feita com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A CCR ViaCosteira ainda só não confirma o preço, pois precisa da aprovação do órgão regulador.

Em contrapartida, quem passa pela rodovia federal, também já nota uma “outra” BR-101. Mais do que as obras das praças de pedágio, equipes da CCR ViaCosteira estão espalhadas por todos os 220 quilômetros da concessão, realizando a revitalização não apenas da estrada, mas todo o seu contexto. “Revitalizamos, em cinco meses, 20 passarelas.

Totalmente revitalizadas. 14 de concerto, E seis metálicas. Executei 60 mil toneladas de pavimento asfáltico. Recuperamos 3 mil placas. Substituímos 2 mil laminas de defensa, que correspondem a quase 10 quilômetros de defensa metálica já devidamente reparada. Além disso, a gente já recuperou 220 obras de arte. Viadutos, pontes. Já implantamos cerca de 16 quilômetros de tela ofuscante. E já recuperamos quase 140 quilômetros de iluminação, incluindo a Ponte de Laguna”, destaca o diretor-presidente da CCR ViaCosteira, Fausto Camilotti.

Trabalho realizado

Em contrato, para que a cobrança de pedágio seja realizada, a concessionária precisa cumprir uma série de exigências da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Um dos próximos passos, é o início do atendimento de socorro médico e mecânico. “No início de fevereiro, já iniciamos o socorro médico e mecânico, 24 horas na estrada. Guincho leve, guincho pesado, recurso para eliminar incêndio, viatura que percorre a rodovia 24 horas avaliando toda a estrutura e prestando o primeiro atendimento. Se tem uma pane mecânica, troca de pneus, pane elétrica. É o primeiro a chegar. E também as situações mais críticas como um acidente de trânsito. Temos duas UTIs. No atendimento médico, temos a obrigação de chegar em 15 minutos. A logística que eu coloquei à disposição do cliente, chega em qualquer lugar da rodovia em um tempo médio de oito minutos”, adianta.

O início do atendimento é um dos últimos ritos antes que a cobrança passe a ser realizada. “Eu tenho que apresentar um programa robusto de segurança viária antes de iniciar a cobrança. Tenho que apresentar um levantamento detalhado dos passivos ambientais. Aprovação formal das licenças das vistorias que ocorrem nas praças de pedágio. E só com a posse de todos os elementos, a ANTT local sobe toda a documentação para Brasília e pauta isso em uma reunião de diretoria geral. E com a aprovação da diretoria, com a aprovação de tudo isso, é publicado no diário oficial. E eles são rigorosos. Tem que olhar todos os elementos. Temos feito reuniões semanais. Quando tem algum aspecto não atendido, é pautado, para que nós possamos corrigir a tempo. Regulariza, para que na entrega final, não tenha nenhum elemento que não esteja atendido”, conta.

“Da mesma forma que a ANTT nos fiscaliza, tem outros órgãos. Estamos falando de Tribunal de Contas da União, Ministério Público. Essas entidades que nos fiscalizam e monitoram, não só a execução dos serviços que nós temos como obrigação executar, mas também os órgãos reguladores que fiscalizam o contrato”, completa.

Em prol da segurança

A operação da CCR ViaCosteira na BR-101 Sul iniciou em agosto de 2020, com uma série de demandas. “Na data de início da nossa atuação aqui na 101, a gente já começa administrando os dois túneis [Tubarão e Paulo Lopes]. E junto a isso, já trazendo para cá, toda a carga do que chama da etapa dos trabalhos iniciais, que prevê a recuperação. Tem que revitalizar todo o pavimento, substituir placas. Não pode ter nenhuma placa amassada, danificada. Tem que fazer implantação dos todos os elementos de segurança, guard rail, tela antiofuscante. Há também um compromisso de manutenção de todos os viadutos, passarelas, iluminação pública. E aí, evidentemente, a construção das quatro praças. Tem que atender todos parâmetros que estão no contrato, daquilo que está normatizado, tem alguns itens que são pautados em norma técnica” afirma o diretor-presidente.

Exigências que visam, em primeiro lugar, a segurança de quem passa pela rodovia. “Buraco não pode existir, não pode ter deformação plástica. Tem o IGG, índice do Dnit que trata a gravidade global do pavimento, então não pode ter deformação. Não pode ter nenhuma situação que possa promover risco ao usuário. Placas, a mesma coisa. Pintura também. Esses elementos tem quem estar totalmente recuperados atendendo nas normas técnicas”, conta Camilotti, revelando que nas rodovias do Rio Grande do Sul, onde a CCR também atua, o volume de vítimas fatais teve uma redução de 32%.

Promessa de não ter gargalos

As quatro praças de pedágio, localizadas São João do Sul, Araranguá, Tubarão e Laguna, seguem em construção. A mais ao Sul do Estado, terá 12 cabines de cobrança. As demais, 14.

E por contrato, as praças não podem gerar grandes gargalos. “Tem uma premissa no contrato que diz que não pode existir filas que excedam 200 metros em dias comuns, e em dias atípicos, como fins de semana no verão, ou aproximação de feriado prolongado, não pode ter filas que excedam 400 metros. É estimado o volume, olha o pico, distribui no ábaco, avalia a demanda, especialmente nos períodos de pico e dimensiona de acordo com a premissa”, explica Camilotti.

Bases de atendimento

Além das praças de pedágio, a concessionária terá seis bases, e em quatro delas, haverá o serviço de atendimento ao usuário. “Terá fraldário, sanitário para portador de necessidades especiais, cozinha, mapa de informação, recepção, totem que possibilita ao usuário interagir. Não vão ficar com as praças. Ficam em locais distintos. Na praça também há a possibilidade. É um interesse da CCR”, conta Camilotti.

Um veículo também ficará em trânsito durante todo o dia, seja para conferir possíveis problemas na estrada, ou prestar os primeiros atendimentos. “Imediatamente ela estabelece contato com a sala de controle. E uma novidade aqui é o aplicativo. Pode baixar o app com base Apple ou Android e também nos acionar, solicitar recurso, interage com a concessionária e registra elogios, reclamações”, explica.

Cartões-postais

Mais do que a rodovia, os trabalhos da concessionária incluem cartões-postais da região, como os túneis e a Ponte Aniat Garibaldi, em Laguna. “Os dois tuneis estão recebendo iluminação LED, além de todas as revitalizações que foram feitas. Eu tenho, nesses dois túneis, jatos, sistema de combate a incêndio recuperado. Nova iluminação. Tem que ter um outro tratamento. Se o usuário quebra dentro, tem a ausência de sinal de celular. Então ele tem que ter uma estrutura de atendimento diferenciada”, afirma.

Já quanto à ponte, é dar ainda mais destaque à estrutura. “Eu estou querendo fazer isso e acho que tem que fazer até em respeito à história do estado. Acho a ponte, primeiro, que é uma ponte linda, com cabos estaiados. Respeito as atividades que estavam sendo feitas anteriores a nossa chegada, mas a iluminação estava apagada. Não funcionava mais. A ponte não tinha manutenção que ela necessitava. Quem passa por ali, depois da nossa chegada, já deve ter reparado que as barreiras foram recuperadas. Tem faixa reflexiva. Iluminação pública revitalizada”, completa.

Com informações do site TNSul

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