Desde o caso da pequena Fabíola, em Palhoça, outras tentativas de sequestro foram denunciadas à polícia. Uma delas, nesta quinta-feira (14), em Jaguaruna.
Em dezembro de 2020, o estado de Santa Catarina se mobilizou pelo caso da pequena Fabíola, de 4 anos, sequestrada em Palhoça. Canais de comunicação publicaram alertas e acompanharam de perto a resolução do crime. Em janeiro deste ano, porém, uma tentativa de sequestro de um bebê também foi registrada em Concórdia, no Oeste do estado, e nesta quinta-feira, (14), na Amurel, em Jaguaruna, moradores relataram à polícia também um caso de suposta tentativa.
Em busca de respostas, para saber se os casos estariam aumentando, ou se a Amurel correria o risco como alvo de sequestradores de crianças, o HC conversou com o Tenente-Coronel Comandante do 5° Batalhão de Polícia Militar, Vilson Schlickmann Sperfeld. Para ele, embora as notícias sobre o crime estejam aumentando, isso não é um indicativo, necessariamente, que estejam ocorrendo mais sequestros. “São tentativas, mas não houve comprovação. No caso de Jaguaruna, nossos policiais averiguaram e não foi confirmado nada nesse sentido”, esclarece o comandante.
População atenta
Segundo o comandante, no último ano não houve sequer um caso de sequestro na Amurel. Porém o que se observa, por parte da população, é uma atenção maior a esse tema. “As pessoas estão atentas. Agora, caso um veículo suspeito apareça, há denúncias. Da mesma forma, identificam possíveis pessoas que possam estar fazendo isso”, explica. Todas as suspeitas que chegam à polícia são averiguadas: “É Importante que as pessoas denunciem. Pode haver um caso. Não podemos, em momento algum, descartar a possibilidade”, diz.
Dessa forma, o comandante do 5º Batalhão de Polícia Militar salienta que a Amurel é, sim, uma zona segura se tratando desses crimes. “Até mesmo outras regiões, considerando o baixo número de casos. A região de Florianópolis mesmo não tinha há tempos até este de Palhoça”. Casos de desaparecimento de criança são tratados como prioridade absoluta pela polícia, quando denunciados. Tanto para esses casos, como para desaparecimentos de adolescentes ou adultos, o comandante dá uma sugestão. “Não precisa esperar 24 horas. Assim que verificar que houve mesmo o desaparecimento, avise a polícia. Assim por todo o sistema, no Estado todo, estaremos cientes”.
Como denunciar
Em caso de se observar atividade suspeita, os pais de crianças podem denunciar tanto pelos telefones da Polícia Militar, como da Polícia Civil ou do Conselho Tutelar, que repassa à polícia. Depois que feita a busca com os vizinhos, parentes, para ver se essa criança não está num desses locais, os órgãos devem ser avisados.
“Os recém-nascidos até a faixa de cinco anos são as principais vítimas. Importante, nesses casos, que os pais reparem em cor do cabelo, roupas, tipo do carro dos suspeitos. Esses detalhes ajudam muito”, aconselha. E no caso de sair com os filhos, outras recomendações. “Procure deixar uma pulserinha com o filho, como nas praias, para identificação. Uma roupa com o telefone bordado, ou nome de um dos pais, facilita também”, conclui o tenente da Polícia Militar.
Com informações do site HC Notícias