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Trabalhadores da Icoop entram em greve

Trabalhadores querem 10% de aumento real de salário e abono anual de R$ 700,00.

Cerca de 90 trabalhadores da indústria de descartáveis plásticos Icoop, instalada no bairro Vila Nova, entraram em greve na tarde desta segunda-feira, em protesto pela decisão da empresa em alterar a jornada de trabalho, obrigando uma jornada de quatro horas nas manhãs de sábado. Os grevistas integram o setor de Termo Formagem (TF) e a paralisação compromete a produção de outros setores da indústrias.

Conforme Carlos de Cordes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Plásticas, Químicas e Farmacêuticas de Criciúma e Região, a Icoop, que integra o grupo empresarial Domerval Zanatta, normalmente tem dois turnos de trabalho de TF, mas concedeu férias a um grupo de trabalhadores e concentrou os que restaram em turno único. Com a alteração criou-se a jornada nas manhãs de sábado.

A diretoria do sindicato desde o início da tarde desta segunda-feira se integrou em apoio ao movimento grevista e tentou abrir um canal de negociações com a diretoria da empresa. No final da tarde, no entanto, por meio de um preposto, a direção do grupo empresarial, manteve a decisão de turno único e jornada aos sábados. Os profissionais, em assembleia na frente da empresa, decidiram manter a greve.

No final da tarde, patrões do setor de plásticos flexíveis e a diretoria do sindicato dos trabalhadores se reuniram pela primeira vez visando o acordo coletivo da categoria. A data base do setor é 1º de abril e os trabalhadores, que ocupam mais de oito mil postos de trabalho em cerca de 140 empresas, querem 10% de aumento real de salário. Entre as cláusulas sociais os profissionais querem acabar com um dos mais graves problemas enfrentados pelos trabalhadores em geral, quando acometidos de doenças profissionais: a divergência entre seus próprios médicos e os peritos do INSS, que deixa o profissional sem salário por meses.

Além do ganho real reivindicado, os trabalhadores das indústrias plásticas de Criciúma e região querem abono anual de R$ 700,00 e a continuidade da política de elevação substancial do piso da categoria, hoje fixado em R$ 809,41.

Sul Notícias