Região onde 300 famílias vivem em áreas irregulares é considerada o maior bolsão de vulnerabilidade social em Forquilhinha.
O automóvel da reportagem avança por uma estrada de terra batida, em paralelo a ferrovia, pouco além do limite de Criciúma. A ponte que passa sobre o rio Sangão é o início da Cidade Alta, região de Forquilhinha delimitada pela pirita do carvão que era extraído ali e pelo próprio rio. É neste bairro que vive cerca de 300 famílias em moradias de ocupação, convivendo com os resíduos deixados pela mineração, em uma área de 22 hectares, alvo de imbróglio judicial entre duas companhias energéticas.
Cerca de 50% dessas famílias moram em casas sem ligação regular com energia elétrica ou água. Outras já foram deslocadas para as mais de 112 habitações populares ofertadas pelo poder público. Entre catadores e trabalhadores autônomos paira a insegurança de um imóvel irregular e as dificuldades econômicas acentuadas pelo coronavírus.
Em uma casa na área de ocupação da Cidade Alta vive o ex “boia-fria” Antônio da Silva, 57 anos. A reportagem o encontrou após cruzar o emaranhado de ruas de terra da localidade. Estavam ele e a mulher, Terezinha, no pátio frontal da residência, enquanto mais um dia de ócio passava.
Com informações do site TNSul