Polícias Civil e Militar, além do Governo Municipal se articulam para instalação de câmeras em pontos estratégicos.
Dezenas de furtos de gados foram registrados em Orleans, Braço do Norte e Grão Pará, em 2020. Esse problema que ocorre na zona rural faz com que as autoridades locais adotem medidas de coibir esse tipo de crime na localidade. O Conselho de Segurança, composto por integrantes da Polícia Civil, Polícia Militar e Governo Municipal está estudando os melhores locais para a instalação de câmeras de monitoramento na zona rural para identificar e posteriormente punir os criminosos.
De acordo com o delegado da Polícia Civil de Orleans, Guilherme Mariath, na maioria dos casos os ladrões abatem o animal ainda no local e deixam apenas o esqueleto. “Algumas vezes eles estariam transportando os animais em pequenos caminhões. Geralmente os furtos acontecem de madrugada e em locais onde o monitoramento por câmeras é inexistente”, diz Mariath.
Segundo ele, geralmente esse tipo de crime não há testemunhas e isso acaba dificultando as investigações, até pelo horário em que as ações são cometidas. Ainda não há um prazo exato para que as câmeras sejam instaladas nessas localidades. “A gente está orientando os locais estratégicos para posicionamento dos equipamentos. Eles estão abatendo o animal no local algumas vezes. Está cada vez mais difícil”, afirma o delegado.
Uma das estratégias utilizadas pelos criminosos é atrair os animais até a cerca. “Eles conseguem chamar os animais oferecendo milho. Quando o animal chega até a cerca eles abatem o boi ou acabam laçando e transportando o gado”, explica Mariath.
A subtração de animais em zona rural, seja gado bovino, equino ou animais que se encontram em campos, pastos, currais ou retiros, de propriedade privada, constitui o “crime de abigeato”. Conforme o artigo 155 do Código Penal, esse crime prevê pena de dois a cinco anos de reclusão.
De acordo com o prefeito de Orleans, Jorge Koch, o município conta com câmeras da Polícia Militar, principalmente na área urbana do município, através do “Projeto Bem-Te-Vi”, da PM. “Na zona rural, estivemos conversando com pecuaristas que realmente relataram essa situação de que está acontecendo furto de gado. A nossa vontade, se der tempo e a gente tiver recurso, queremos adquirir algumas câmeras nos locais onde tem acesso ao interior”, diz Koch.
Segundo ele, o Governo Municipal está aberto a conversar com as autoridades da segurança pública e, conforme indicação, se tudo der certo, existe a possibilidade de o município adquirir câmeras nos próximos meses para serem colocadas em pontos estratégicos da zona rural.
O Projeto Bem-Te-Vi de videomonitoramento (do Governo do Estado), que conta com câmeras em Orleans, investiu mais de R$ 15 milhões em 115 cidades de Santa Catarina. O Estado é monitorado por 2.450 câmeras, espalhadas em cerca de 130 municípios. São 139 salas de monitoramento e 12 Centrais Regionais de Emergência, ou seja, 151 Centrais de Videomonitoramento.Todo o trabalho é coordenado pela Divisão de Tecnologia da Informação e Comunicações (DTIC).
A câmera utilizada é do tipo SpeedDome. Possuem campo de visão de 360º na horizontal e 90º na vertical, com magnificação ótica de 20 vezes (também denominada movimentação panorâmica, inclinada e com zoom: PTZ – Pan, Tilt, Zoom), contando com captação de imagem em alta resolução.
Principais Objetivos do Programa:
Potencializar as ações de vigilância nas comunidades;
Prevenir a ocorrência de crimes;
Auxiliar a polícia nas investigações e identificação de criminosos e veículos;
Contribuir para a administração do tráfego veicular local;
Revitalizar ambientes, aumentando a sensação de segurança.
Com informações do site TNSul