Criciúma oferece acolhimento, atendimento médico e psicológico por meio das secretarias de Saúde e da Assistência Social e Habitação
Violência contra a mulher é um assunto que deve ser debatido o ano inteiro. Porém neste mês, a campanha “Agosto Lilás” vem para ampliar ainda mais esse debate em todo o Brasil. A agressão sofrida pelas mulheres vai além da física e sexual. Elas também são vítimas de violência psicológica, patrimonial e moral. Em Criciúma, as mulheres recebem atendimento médico e psicológico, além de acolhimento, via Secretaria de Saúde e Secretaria de Assistência Social e Habitação.
As vítimas são encaminhadas para o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). “São aquelas mulheres que a delegacia nos comunica que foram vítimas de violência. Lá também são atendidos idosos, crianças, adolescentes e pessoas com deficiência. A vítima faz o acompanhamento com psicóloga e assistente social”, salienta a secretária da Assistência Social e Habitação de Criciúma, Patrícia Vedana Marques.
Há também situações de acolhimento quando a vítima não tem como ficar com a família ou não tem um local para ficar. Além disso, o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) trabalha com grupos de prevenção de violência contra a mulher. Porém, devido a pandemia, os encontros tiveram que ser interrompidos por tempo indeterminado. Já o atendimento realizado no Creas é essencial e por isso continua sendo feito em horário normal, das 8h às 17h.
O papel da saúde no enfrentamento da violência
No Brasil, por meio da Lei Federal nº 12.845/2013, as vítimas de violência sexual têm o direito de atendimento gratuito nos hospitais da rede pública via Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, Criciúma conta com um serviço de saúde voltado para o enfrentamento da violência, o Núcleo de Prevenção às Violências e Promoção da Saúde (Nuprevips). A parceria da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) com o município faz atendimento e propõe ações relacionadas ao enfrentamento da violência interpessoal ou autoprovocadas.
“Importante lembrar que o atendimento do enfrentamento da violência contra mulher, assim como as outras, se faz de forma intersetorial. Sempre trabalha junto, com a Assistência Social, em especial o Creas, e o sistema de justiça”, explica a psicóloga do Nuprevips, Paola Rodegheri Galeli. A equipe está planejando atividades relacionadas ao Agosto Lilás com o objetivo de levar o tema da violência para sensibilizar os profissionais de saúde e a população.
O Nuprevips fica localizado no setor de Clínicas Integradas da Unesc e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Atendimentos podem ser agendados pelo telefone (48) 3431-2764. Denúncias podem ser feitas pelo 180 ou diretamente na Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI).